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Cria do PCC, Primeiro Comando do MA atua em assaltos e tráfico

26 Out

Assalto a banco e tráfico de drogas. Essas são as “áreas de atuação” dos integrantes do Primeiro Comando do Maranhão (PCM), segundo levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo. O PCM foi criado em 2007, sob inspiração do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa paulista que atua nos presídios desde o início da década de 1990.

“O vínculo no Maranhão começou há quatro anos, quando presos maranhenses foram para presídios federais e tiveram contato com criminosos do PCC”, afirmou à Folha Aluísio Guimarães Mendes Filho, secretário de Segurança Pública do estado.

Segundo Mendes, quando retornaram ao Maranhão, os presos “vieram com a ideia de fundar uma célula do PCC” e criaram o PCM.

Além de São Paulo e Maranhão, o PCC inspira grupos criminosos em outros 14 estados: (Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins).

Sete crimes são apontados como os que garantem os altos lucros da organização e de suas “filiais”: assalto a banco, tráfico de drogas, roubo de carga, sequestro, contrabando, lavagem de dinheiro e contrabando de armas.

Um quadro publicado pela Folha dá exemplos de facções que adotam o “modus operandi” do PCC – de ajudar financeira e judicialmente detentos e suas famílias em troca de futuros favores em forma de ações criminosas – em cinco estados: Bahia, Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Na Bahia os grupos que têm o PCC como referência, segundo a reportagem, são a Comissão da Paz e o Grupo do Perna.

Na Paraíba, inspiram-se na facção criminosa paulista o grupo Al-Qaeda e o Estados Unidos. No Rio Grande do Sul, há o Manos; em Santa Catarina, o Primeiro Grupo Catarinense (PGC); e no Paraná, o Primeiro Grupo do Paraná (PGP).

O levantamento foi realizado pela Folha de S. Paulo com promotores, delegados, policiais federais e secretários de Segurança.

O número de estados com ações recentes do grupo é o dobro do constatado pela CPI do Tráfico de Armas da Câmara em 2006. A expansão é atribuída principalmente a fatores econômicos (mais negócios) e a mudanças em sua hierarquia.

Para as autoridades ouvidas pela Folha, a migração ganhou força a partir de 2006, ano dos ataques da facção em SP, graças ao aumento da repressão no estado e à busca por novos mercados.

Para o coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Sérgio Adorno, a descentralização do PCC favorece seu crescimento porque o comando pode ser reconstruído quando algum membro é preso ou sai da organização.

Nos estados, autoridades e especialistas afirmam que o PCC tem dois modos de atuação. O primeiro é a associação com grupos criminosos locais, que oferecem pessoal e recebem, em troca, armas, "know-how" e drogas.

Em Pernambuco, a PF desarticulou, em fevereiro, uma quadrilha ligada à facção que distribuía drogas com vans e motoboys para Bahia, Piauí e Ceará a partir de Salgueiro (Pernambuco). O segundo modo de atuação é a criação de uma espécie de filial.

Em geral, os novos aliados são arregimentados dentro de presídios por criminosos do PCC oriundos de outros estados, que foram transferidos ou presos na região. Como forma de atrair novos membros, a facção oferece apoio jurídico e financeiro para parentes ou faz ameaças violentas, como detectado em prisões do Paraná.

Segundo autoridades de Alagoas e Ceará, grupos criminosos locais enviam dinheiro para contas de “laranjas” ligados à facção.

"Há várias pessoas do PCC aqui no estado que mandam 20% de todas as operações para São Paulo", afirmou Francisco Crisóstomo, do Departamento de Inteligência Policial do Ceará. (Com informações da Folha Online)

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