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Força-tarefa da Polícia Civil vai investigar roubo a empresa de segurança em Juiz de Fora

06 Jun

Uma força-tarefa será instalada para investigar o caso de sequestro, cárcere privado e roubo à empresa de segurança e transporte de valores, Brink’s, em Juiz de Fora. O roubo realizado na sexta-feira (2), em uma ação coordenada, envolveu pelo menos 12 criminosos fortemente armados.

Eles sequestraram e mantiveram reféns funcionários de um sítio e da empresa, além de familiares, em Juiz de Fora e Belo Horizonte, para ter acesso à sede no Bairro Cerâmica. O valor levado não foi divulgado.

A princípio, a equipe da Polícia Civil será comandada pelos delegados Armando Avólio Neto e Sheila Oliveira. As vítimas já foram ouvidas e as investigações prosseguem. As informações serão divulgadas via assessoria para não atrapalhar as investigações.

A assessoria da Brink’s informou, em nota, que as investigações sobre a ocorrência são conduzidas pelas autoridades competentes e que a empresa está colaborando com as apurações.

Sequestro e roubo de empresa

O caso foi registrado pela Polícia Militar (PM) como sequestro e cárcere privado seguido de roubo consumado. A ação rendeu 18 pessoas entre 15 e 51 anos em pelo menos dois bairros diferentes. Elas foram mantidas reféns em um sítio na zona rural de Juiz de Fora. Além deles, o filho do gerente também foi abordado e mantido sob poder de integrantes do grupo em Belo Horizonte.

O crime começou na noite da última quinta-feira (1º), quando o gerente da empresa foi rendido no estacionamento do prédio onde mora por dois homens armados. Em cerca de 20 minutos, os criminosos também renderam a esposa dele e informaram que sabiam tudo sobre a vida e a rotina da família, inclusive seguindo o homem quando ele viajou a Belo Horizonte. Em seguida, chegaram ao local o motorista e a esposa, que também foram rendidos.

Os ladrões queriam saber como entrar na empresa. Diante da resposta do gerente de que não teria como, porque os vigilantes não abririam a porta, os homens levaram os reféns para o estacionamento, colocaram o gerente no porta-malas de um carro e as vítimas no banco traseiro. Eles seguiram por cerca de 40 minutos até o cativeiro, um sítio em Monte Verde, onde o caseiro e a esposa dele também foram feitos reféns.

Os reféns foram ameaçados de morte. Um dos ladrões entregou à esposa do gerente um celular para confirmar que o filho deles foi rendido em Belo Horizonte e poderia ser morto se não colaborassem. O gerente relatou que foi torturado física e psicologicamente para passar informações sobre a empresa.

Por volta das 5h de sexta-feira (2), o grupo foi à casa de um vigilante, que também foi rendido junto com familiares. De lá, seguiram para a empresa para a troca de turno. Eles obrigaram o gerente a ligar para o vigilante e ordenar a abertura do portão. Após conseguirem isso, o grupo entrou na empresa e rendeu os funcionários que estavam trabalhando, que foram colocados de joelhos em um banheiro.

Enquanto isso, os assaltantes colocaram o dinheiro roubado que estava em um cofre no porta-malas do carro do gerente e fugiram em um comboio, com escolta de vários veículos.

As vítimas calcularam pelo menos doze ladrões armados de pistola e fuzil, todos encapuzados, e que, durante a ação, um homem usando uniforme de uma empresa de telecomunicações, cortou o fio da internet, impedindo que as câmeras registrassem a ação.

O carro do gerente foi localizado durante o rastreamento. Até o fechamento da ocorrência, não foi informada a quantia roubada.

Apreensão de materiais suspeitos

Na tarde deste sábado (3), após denúncia de um morador de rua, a Polícia Militar (PM) apreendeu materiais que podem ter sido usados no crime. Os itens estavam em uma caçamba de entulho na Rua Porto Alegre, no Bairro Novo Horizonte.

Foram encontrados sete sacos plásticos, um chip de celular, dois manuais de números telefônicos, dois plásticos de armazenamento de chip, quatro caixas de papelão de munição, duas caixas para armazenamento de munição, dois pares de luvas de pano, uma touca ninja, uma máscara de proteção de vias aéreas, uma máscara de borracha de face humana, um blister de munição, uma camisa de botão e um jaleco com inscrições referentes a outras empresas.

Todos os itens foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil.

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