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Empresa de valores desativa base em Ribeirão 6 meses após mega-assalto

12 Jan

A empresa de transporte de valores Prosegur confirmou nesta terça-feira (10) que desativou a unidade que foi alvo de um mega-assalto, no bairro Campos Elíseos, em Ribeirão Preto (SP).  A base foi transferida para o Parque Industrial Lagoinha, na zona leste da cidade.

A mudança chegou a ser reivindicada pelos vizinhos, que relatavam se sentir inseguros após o ataque na madrugada de 5 de julho do ano passado, quando uma quadrilha fortemente armada explodiu o prédio da empresa e fugiu levando R$ 51,2 milhões.

Seis suspeitos do crime foram presos e outros dois continuam foragidos. A Polícia Civil também recuperou R$ 194 mil que haviam sido roubados, além de duas metralhadoras ponto 50 e 20 fuzis usados na ação, que deixou a empresa destruída.

Logo após o assalto, a Prosegur chegou a informar que a unidade seria desativada e demolida, mas realizou uma reforma e continuou atuando no local, na Avenida Saudade, por mais seis meses, sendo alvo de críticas por parte dos moradores.

A Polícia Civil questionou a segurança do local. O diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter 3), João Osinski Junior, chegou a criticar o fato de apenas um homem fazer a vigilância no momento do mega-assalto.

Osinski Junior afirmou ainda que causou estranheza à polícia o fato de a Prosegur posicionar alguns de seus carros-fortes em frente ao prédio, na tentativa de barrar a ação de ladrões que pudessem utilizar caminhões ou retroescavadeiras para derrubar as paredes.

Novo prédio
A nova sede da Prosegur tem muros com quase 10 metros de altura e um portão nas mesmas dimensões, que dá acesso à garagem dos caminhões de transporte de valores. Câmeras de segurança e uma guarita à prova de balas reforçam a segurança do prédio.

Em nota, a empresa informou que a “nova base recebeu fortes investimentos em tecnologia e infraestrutura de ponta, que a tornam ainda mais eficiente e segura, inclusive com uso de tecnologias que invalidam o dinheiro ou impossibilitam a chegada ao mesmo.”

Por segurança, a Prosegur não permite o registro de imagens dentro da nova unidade. A empresa comunicou apenas que o prédio na Avenida Saudade já foi desativado.

“A companhia ainda informa que segue colaborando com as autoridades estaduais e federais para que todos possam trabalhar de forma conjunta, com ações preventivas e repressivas para conter ataques de alta magnitude, como os que sofremos nos últimos meses”, diz a nota.

O mega-assalto

A ação, na madrugada de 5 de julho, durou cerca de uma hora. A quadrilha bloqueou as ruas de acesso à Avenida Saudade usando veículos e espalhou pregos pelas vias para dificultar a aproximação da Polícia Militar.

Em seguida, o grupo atirou contra um transformador de energia, deixando 2,2 mil imóveis e as ruas do bairro Campos Elíseos no escuro. Vizinhos da empresa ficaram no meio do fogo cruzado e alguns conseguiram filmar a ação.

Ao todo, 15 veículos foram usados no assalto, sendo que três foram queimados e outros sete abandonados em um canavial. Na Rodovia Anhanguera (SP-330), um policial rodoviário foi morto com um tiro na cabeça, durante a fuga da quadrilha.

Um morador de rua de 38 anos que teria sido usado como escudo pelos suspeitos também morreu queimado após o assalto. O homem estava próximo a um dos veículos que foi incendiado pelo grupo.

O diretor do Deinter-3, João Osinski Junior, disse que o grupo estava preparado para enfrentar um batalhão. Segundo o delegado, mais de mil tiros de fuzil foram disparados em 40 minutos contra os policiais.

Os dois primeiros suspeitos foram presos em um resort em Rio Quente (GO), em 15 de julho.Outro homem foi preso no mesmo dia, em Ribeirão. As investigações identificaram mais dois suspeitos, dos quais um foi preso e o outro segue foragido. Em 16 de agosto, mais dois foram presos em São Paulo e Atibaia (SP).

 

Fonte: G1

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