O saudosismo tomou conta da homenagem aos 36 anos da primeira greve dos vigilantes do Brasil, realizada na tarde desta sexta-feira (16), no plenário da Câmara Legislativa.

Proposta pelo secretário de Assuntos Parlamentares da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e deputado distrital, Chico Vigilante, a sessão solene contou com a participação dos principais personagens daquele momento que mudou a história da categoria.

Jornalistas, advogados, juristas e, principalmente, os vigilantes participaram do ato de homenagem e relembraram a importância da participação do vigilante Chico, como líder da greve, para as conquistas da categoria.

Na época, o movimento grevista lutava pelo fornecimento dos uniformes, pelo seguro de vida, o auxílio-funeral, o ticket de alimentação e a implantação da jornada 12 por 36 horas.

“Em plena ditadura militar tivemos uma atitude corajosa, que abriu precedentes para que outras categorias viessem a fazer o mesmo. O resultado de toda aquela luta, com certeza, foi o reconhecimento que os vigilantes adquiriram”, lembrou.

CNTV prestigia o evento

                O secretário de Finanças da CNTV e presidente do Sindicato dos Vigilantes do DF, Jervalino Bispo, compôs a mesa e lembrou os momentos de luta da categoria. Além disso, destacou os desafios que ainda existem e que precisam ser superados.

                “Todos os dias aparecem novos embates. Antigamente vivíamos a ditadura, era mais difícil. Mesmo tendo mudado e avançado muito, ainda hoje precisamos continuar na luta. Os patrões continuam intransigentes, continuam tentando se aproveitar dos trabalhadores a todo custo e depende de nós não deixar que isso aconteça”, ressaltou.

                O secretário Geral da CNTV, Cláudio José, juntamente com o secretário de Assuntos Jurídicos da entidade, Amaro Pereira, também acompanharam a sessão solene.

                “Fiquei impressionado com os depoimentos de diversas pessoas que estiveram presentes e lembraram de como foi o início da luta dos vigilantes de Brasília”, relatou Cláudio. “Parabéns a todos os vigilantes de Brasília e ao Chico Vigilante pela homenagem feita e lembranças das lutas alcançadas”, completou.

                Já Amaro afirmou que está cada vez mais certo da importância dos Sindicatos como instrumento de luta dos trabalhadores. “A nossa história não pode deixar de ser contada, principalmente este momento que norteou o rumo da história da segurança privada no país. A todos os que contribuíram para construir nosso futuro, meus agradecimentos”, disse.