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Empresas do grupo Embraforte aplicaram golpes semelhantes no RJ e SP

01 Jul

Antes de fechar a Embraforte, o empresário Marcos André Paes Vilhena e seus filhos compraram outras duas empresas de transporte de valores. Segundo depoimentos de funcionários à Polícia Civil, o dinheiro para as compras teria saído dos R$ 22,7 milhões supostamente roubados do Banco do Brasil (BB) em Minas Gerais. A Transsafe, no Rio de Janeiro, e a RRJ Transporte de Valores, em São Paulo, também são suspeitas de golpes semelhantes ao praticado em solo mineiro.

Desde quinta-feira, vêm sendo mostrados detalhes do inquérito que apurou o roubo ao BB e culminou no indiciamento e no pedido de prisão dos donos e do gerente da extinta Embraforte. A peça cita também a Transsafe, que já fechou as portas, e a RRJ, que estaria em crise.

Rio de Janeiro. A Embraforte comprou a Transsafe no primeiro semestre de 2013. Em novembro do mesmo ano, a nova empresa já era alvo de uma investigação por desvio de dinheiro de clientes (lotéricas e um posto de gasolina). Segundo o inquérito da Polícia Civil carioca, os vigilantes recolhiam dinheiro nas lojas, mas a Transsafe não repassava os valores para a Caixa Econômica Federal. O prejuízo seria de R$ 1 milhão. A corporação não informou se o inquérito foi concluído.

Parte do dinheiro desviado seria utilizado para esconder a fraude aplicada pela no Banco do Brasil. Na investigação feita pela polícia de Minas, a transportadora é acusada de abastecer os caixas eletrônicos do BB com valores menores que o indicado no sistema do banco. Um ex-operador de logística da Embraforte disse à polícia que, um dia antes das auditorias do banco, havia uma operação especial montada para abastecer os caixas eletrônicos antes da chegada da fiscalização. Parte desse dinheiro vinha do Rio. A Transsafe faliu em 2014 sem quitar as dívidas trabalhistas.

São Paulo. A única empresa do grupo ainda em operação é a RRJ Transporte de Valores. Ela foi comprada em novembro de 2013, logo quando o Banco do Brasil confirmou o roubo e apresentou uma queixa contra a Embraforte. Segundo funcionários disseram à polícia mineira, a empresa pagou R$ 10 milhões para adquirir a RRJ, com o dinheiro que teria sido desviado do BB.

Segundo o inquérito da Polícia Civil de Minas, logo após adquirir a RRJ, Marcos André Vilhena teria ordenado a transferência de dinheiro da empresa paulista para a Embraforte, mas teria sido impedido pelo diretor comercial, Domênico Peta, que alegou que os valores pertenciam ao Bradesco. Ele foi demitido, e o Bradesco teve que colocar um representante do banco dentro da tesouraria da RRJ para conferir todos os malotes e evitar roubos.

Fonte: O Tempo

Fala CNTV

                A situação da Embraforte foi conhecida de perto pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), entidade que acompanhou e votou a favor do seu cancelamento junto à Polícia Federal (PF). Segundo o presidente da CNTV, José Boaventura, foram realizadas duas assembleias com os vigilantes da empresa em Belo Horizonte, em períodos diferentes, para tratar sobre a situação do transporte de numerário e sobre o descumprimento das obrigações trabalhistas.

                “Ficou evidente que esses furos como não pagar férias, nem 13º salário, nem trocar o fardamento dos vigilantes – tudo constantemente denunciado pelos trabalhadores e sindicatos – era também uma forma de desviar dinheiro”, avaliou Boaventura. “A descoberta do golpe da empresa contra bancos e lotéricas mostra como o controle deste setor ainda é falho, pois confia a transportadoras valores realmente altos, mas sem acompanhar de perto qual é a conduta de cada uma”, concluiu.

Fonte: CNTV

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