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CNTV denuncia empresa Maxforte por falhas que custaram a vida de vigilante

26 Jun

A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) denunciou a empresa Max forte nesta quarta-feira (24), junto à Polícia Federal (PF), por realizar atividades não autorizadas e que terminou com a morte de um vigilante. O presidente da CNTV, José Boaventura, juntamente com o secretário Geral da entidade, Cláudio José, e os diretores Roberto Miguel e Edmilson Rodrigues, entregaram a denúncia à coordenadora geral de Controle de Segurança Privada, Dra. Silvana Helena Vieira Borges.

                No documento, a CNTV pede que a PF seja ágil no processamento da situação, além do efetivo cancelamento da empresa. Segundo o artigo parágrafo primeiro do artigo 173 da Portaria 3233/2012 da PF, “é punível com a pena de cancelamento da autorização de funcionamento para as atividades de segurança privada a empresa especializada e a que possui serviço orgânico de segurança que (...) seus objetivos ou circunstâncias relevantes indicarem a prática de atividades ilícitas, contrárias, nocivas ou perigosas ao bem público e à segurança do Estado e da coletividade”.

                Foi verificado que a equipe de escolta armada realizava transporte de valores e contava com apenas dois vigilantes, além de não utilizar o armamento determinado no parágrafo oito do artigo 114 da Portaria 3233/2012. O veículo utilizado na atividade, um Fiat Pálio 1.0, foi deixado a cerca de 300 metros e o trajeto até o local de entrega do malote foi feito a pé, expondo a riscos aqueles que transitavam pelo local.

                Boaventura destaca a irresponsabilidade da empresa a expor seus empregados a tamanho risco. “É um serviço de escolta? Não! Estavam carregando dinheiro, estavam transportando valores sem equipamento apropriado, sem que a empresa fosse autorizada a fazer esse serviço. Com base no artigo 173 da portaria da PF, a empresa pode ser cancelada e é isso o que nós estamos pedindo”, afirmou.

                O Sindicato dos Vigilantes da Bahia já havia protocolado na segunda-feira (22) uma denúncia junto à Delesp do Estado. Agora, as entidades aguardam que as autoridades tomem as devidas providências em relação a mais este caso lamentável de irresponsabilidade das empresas.

Entenda o caso

                Na sexta-feira (19), o vigilante Edson Jesus do Carmo, de 37 anos, estava a serviço da empresa Maxforte, contratado para a atividade de escolta armada, quando foi fuzilado na Feira de São Joaquim, em Salvador (BA). Carmo carregava um malote quando foi atacado, juntamente com outro vigilante. A imprensa local tratou a situação como sendo de ataque a equipe de escolta armada, mas foi verificado que o serviço realizado no momento era de transporte de valores.

                “Atividade esta realizada sem que a empresa tenha autorização da Polícia Federal, tampouco os vigilantes contavam com veículos especiais definidos em lei e na norma para realizar transporte de valores”, destacou Boaventura.

                Para os representantes dos trabalhadores, não há dúvidas de que a ação irresponsável da empresa foi a causadora da tragédia que vitimou o vigilante e colocou em risco a segurança da coletividade, ensejando assim a aplicação da norma e a aplicação da pena de cancelamento da atividade.

Fonte: CNTV

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