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Carta aberta ao Movimento Sindical

30 Set

Carta aberta ao Movimento Sindical

Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) foi criada em Congresso de Trabalhadores com a participação direta das entidades de base, rompendo desde aquela época com o modelo tradicional. Vivíamos no regime autoritário e mesmo assim, diante de toda a mobilização da categoria, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concedeu o registro Sindical a esta Confederação, que foi a pioneira nesta forma de se organizar de lá ate a presente data.

Em momento nenhum esta Confederação abdicou da luta, tendo papel destacado na aprovação da regulamentação da profissão de vigilante, na obrigatoriedade de blindar os carros fortes, na regulamentação do colete a provas de bala como Equipamento de Proteção Individual (EPI), na aprovação e regulamentação da lei de periculosidade, na organização e fiscalização dos serviços de segurança na Copa das Confederações e Copa do Mundo e, atualmente, em franca campanha para aprovação do piso nacional para a categoria.

O vigilante é o único trabalhador que precisa, a cada dois anos, provar que é indôneo e fazer curso de reciclagem. Esta é, também, a única categoria que, além de ter o seu registro individual na SRT (antiga DRT), também tem o controle individual da Polícia Federal. A CNTV se firmou ao longo deste período no cenário político Nacional e Internacional como fiel defensora da sua categoria. Por isto foi ouvida por todos os governos que neste período passaram por nosso país.

A CNTV é filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Porém, devido à sua forma de conduzir a luta, tem nos seus sindicatos de base e na sua direção “todas” as forças políticas que atuam no movimento sindical, numa prova inequívoca de sua brilhante atuação em defesa da categoria.

Defesa esta que garante à CNTV o reconhecimento da Polícia Federal e um assento na Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), coordenada pelo órgão. Neste fórum, que conta com a participação de representantes dos trabalhadores bancários, das empresas de segurança, dos bancos e do governo, são analisados processos contra empresas de segurança e bancos. Em sua atuação, a CNTV não se furta à sua responsabilidade de defender, acima de qualquer coisa, o direito dos trabalhadores.

Para nossa surpresa, em fevereiro deste ano, em pleno carnaval, recebemos uma notificação do MTE dizendo que iria suspender o registro sindical desta entidade. Fizemos um recurso e, desde então, vínhamos fazendo varias tratativas no sentido de demover o MTE desta posição. Em 23 de setembro, sem nenhuma notificação, este Ministério publicou no Diário Oficial da União (DOU) a “suspensão do Registro Sindical” desta Confederação, numa atitude totalmente arbitrária.

Companheiros Sindicalistas, o momento é GRAVE. Nem o regime Militar suspendeu a representação das entidades Sindicais. Eles interviram nas entidades Sindicais, destituíram as suas diretorias, nomeavam interventores, mas mantinham a representação das entidades. Fernando Henrique Cardoso, o FHC, usou o exército para intimidar os petroleiros e usou o Tribunal Superior do Trabalho (TST) para instituir multas milionárias. Demitiu quase 200 trabalhadores e dirigentes, mas manteve o direito sagrado na Constituição e na CLT que permite a representação Sindical. Hoje, quando estamos às vésperas de uma eleição presidencial, em que mais uma vez estão em jogo dois projetos distintos, somos golpeados com tamanho arbítrio.

A CNTV não se renderá, pois a classe trabalhadora é sábia. Continuaremos na luta pelo Piso Nacional para os Vigilantes, pois este é o nosso dever.

A LUTA CONTINUA

Diretoria Nacional da CNTV

Baixar aquivo em anexo.
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