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Bancários cobram mais segurança nos bancos na Câmara de Campinas

15 Abr

O Sindicato dos Bancários de Campinas defendeu que a instalação de novos dispositivos de segurança em todas as agências bancárias da cidade é a forma mais eficiente para frear a onda de assaltos e ataques a caixas eletrônicos, durante a primeira reunião da Subcomissão de Segurança Bancária, realizada na quinta-feira (11), no plenário da Câmara Municipal de Campinas.

O presidente do Sindicato, Jeferson Boava, destacou que o sistema de monitoramento eletrônico de imagens, em tempo real, através de circuito fechado de televisão, interligado com uma central de controle fora do local monitorado, por exemplo, inibe a ação de criminosos seja durante o dia, no período de atendimento, ou à noite.

A proposta inclusive integra o modelo de projeto de lei elaborado pela Contraf-CUT em parceria com a CNTV (Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes), apresentado pelo Sindicato em 2011 aos prefeitos e/ou vereadores das 37 cidades da base territorial da entidade, sendo que em sete já foi aprovado pelas câmaras municipais e em três já é lei. Em Campinas, o projeto de lei (nº 387/11) está em tramitação.

O monitoramento externo defendido pelo presidente do Sindicato contou com apoio de alguns dos participantes da reunião; entre eles, o delegado Carlos Henrique Fernandes, da Delegacia de Investigações Gerais de Campinas, o coordenador da Guarda Municipal de Campinas, Roberto Carlos Longhini, e até do consultor de segurança da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), coronel José Vicente, porém com ressalvas.

O coronel concorda que as câmeras devem monitorar o entorno das agências até às calçadas; a partir daí, o problema é de "segurança pública". O coronel, no entanto, não aceita a blindagem das agências prevista no projeto de lei apresentado pelo Sindicato. Segundo ele, é um "despropósito".

A reunião contou com a participação de representantes da Febraban, do Itaú, Banco do Brasil e Caixa Federal, das polícias civil e militar, da guarda municipal e dos sindicatos dos bancários e vigilantes.

Biombo é necessário

Já as divisórias entre caixas e clientes, os chamados biombos, é lei estadual desde 2011 (nº 14.364), mas é pouco respeitada pelos bancos em Campinas. Cabe lembrar que esse equipamento também integra o modelo de projeto de lei da Contraf-CUT e da CNTV, sendo que contou com amplo apoio dos participantes; com exceção do diretor setorial de segurança da Febraban, Pedro Oscar Viotto.

Aliás, o representante da Febraban criticou a habitualidade dos clientes em fazer depósitos. Para Viotto, essa rotina, que denominou de "chegadinha ao banco", é monitorada pelos criminosos. Já o major Henrique Neto, do Comando de Policiamento do Interior (CPI2), disse que os biombos dificultam a ação de criminosos no chamado crime "saidinha de banco".

Avaliação

Para Jeferson, que participou da reunião acompanhado dos diretores do Sindicato, Danilo e Samuel, o representante da Febraban deixou claro que a segurança não é uma prioridade dos bancos, nem mesmo o respeito à legislação, seja municipal ou estadual.

"Os bancos investem pouco em segurança. Segundo dados do Dieese, os cinco maiores bancos (Itaú, BB, Bradesco, Caixa e Santander) apresentaram lucros de R$ 35,8 bilhões de janeiro a setembro de 2012. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 2,2 bilhões, o que significa 6,03%, em média, na comparação com os lucros. Aliás, investem pouco e não querem debater a questão com profundidade. O que ficou evidente na reunião. O representante da Febraban se limitou ao tema ataques a caixas eletrônicos. A proteção à vida de clientes e bancários foi descartada", disse o presidente do Sindicato.

Relatório em 90 dias

Presidida pelo diretor do Sindicato e vereador André von Zuben, a Subcomissão de Segurança Bancária tem prazo de 90 dias para apresentar seu relatório. Ao encerrar a reunião, André conclamou os participantes a enviarem sugestões e sinalizou que em breve será realizada nova reunião, que foi criada em 13 de março último pela Comissão de Assuntos de Segurança Pública da Câmara Municipal.


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