“Tem explosivo suficiente aqui para pôr abaixo todo o prédio da polícia�. De acordo com o delegado Rodrigo Maciel de Araújo, responsável pela 1º delegacia do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), essa frase foi pronunciada pelo perito em explosivos da Coordenadoria dë Operações e Recursos Especiais (Core), ao se debruçar sobre as 17 emulsões explosivas apreendidas com uma quadrilha na última sexta-feira (15) em um casa no bairro de Pau Amarelo, em Paulista, na Grande Recife.

Tudo começou quando duas equipes da 1º Delegacia desconfiaram de uma movimentação “estranha�, por parte de dois homens em um posto de gasolina na Avenida Beberibe, no bairro homônimo, às 14h. Chamavam-se Ribson Ferreira da Silva, 25, e Leonardo Augusto Salgado Vieira, 35. O comportamento deles chamou a atenção porque um carro-forte estava no local, reaizando a troca de dinheiro em um caixa eletrônico no posto. Após a abordagem, a polícia descobriu que Leonardo Augusto já havia trabalhado em uma empresa de vigilância e estaria apontando falhas no procedimento dos vigilantes do carro-forte. Na sequência, eles foram até a casa de Edílson de Santa Pereira, um dos comparsas do grupo, em Pau Amarelo, onde estavam ele e Cristiano Lima de Morais, 27.

Os quatro estão sendo autuados por: receptação (carro roubado), formação de quadrilha, tráfico de drogas e porte ilegal de armas e explosivos. Diversas apreensões foram realizadas na casa de Edilson, entre elas, um rifle calibre 38, um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 12, um Palio (suspeito de ter sido roubado), 750g de maconha, munições de vários calibres diferentes, fardamento da Polícia Civil e Militar e 17 emulsões explosivas (consideradas mais destrutivas que bananas de dinamite, pelo modo como foram preparadas).