Um criminoso especialista em arrombamentos de caixas eletrônicos, vindo de São Paulo, e até um vigia participaram da tentativa de roubo ao Shopping 5ª Avenida que terminou na morte de um dos assaltantes na madrugada desta segunda-feira na Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Eles e mais dois homens que participaram do crime foram presos e apresentados pela Polícia Civil nesta manhã.

O grupo era investigado desde março deste ano, quando foi desencadeada a Operação New York, que monitorava as ações de uma quadrilha de traficantes. O dinheiro do roubo do caixa seria usado para financiar o crime. De acordo com a Polícia Civil (PC), Newton Glayson Martins Miranda Lopes, o "Boca", de 29 anos, Alan da Mota Fernandes, de 24 anos, e Robson Vinícius Nunes Carvalho se uniram para praticar o crime e contrataram Jeferson da Silva, 29 anos, para ajudar na ação. Natural de Americana (SP), Jeferson veio para Belo Horizonte só para o roubo. Ele chegou no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na noite de domingo.

Segundo a polícia, o grupo também teve ajuda de Gleidson Anacleto Araújo, vigia do shopping, que facilitaria a entrada dos bandidos. O grupo agiria quando Gleidson estivesse trabalhando durante a madrugadada e ele simularia um assalto. Por volta das 2h desta segunda, eles entraram no estabelecimento comercial em uma Hyundai IX35, que foi roubada no último dia 11. Usando um maçarico e um cilindro de oxigênio, eles tentavam abrir o caixa eletrônico. Enquanto isso, Robson aguardava do lado de fora em um Fiat Stilo vermelho circulando pela região.

Os policiais civis que monitoravam a quadrilha chegaram ao local e renderam o criminoso. O restante do grupo já havia conseguido danificar o caixa, sem chegar ao cofre, quando tentou contato com o comparsa, que não respondeu. Desconfiando da presença da polícia, eles abandonaram os equipamentos dentro do shopping e fugiram na Hyundai, sendo seguidos pelos policiais.

Eles andaram 500 metros, até o cruzamento da Rua Alagoas com a Avenida Cristóvão Colombo. Houve uma troca de tiros e Newton, que dirigia o carro, foi baleado. Ele foi socorrido para o Hospital João XXIII, mas morreu. O homem tinha passagens pela polícia por roubo e duas condenações. Ainda de acordo com a Polícia Civil, ele e Jeferson se conheceram por telefone quando ainda estavam presos, este último em São Paulo. A polícia suspeita que ele pode integrar uma organização criminosa.