Cancelar
Acesso CNTV

Preso por tentativa de assalto a carro-forte morre após depoimento

09 Mai

Rio - Um homem que foi preso suspeito de participar da tentativa de assalto a um carro-forte, nesta terça-feira, morreu logo após prestar depoimento na 39ª DP (Pavuna). De acordo com a assessoria da Polícia Civil, Luciano Barbosa da Silva, de 35 anos, chegou à delegacia ofegante e se sentindo mal. Ele foi levado para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na Zona Norte, onde morreu.

Segundo a polícia, a causa da morte do suspeito Luciano só será esclarecida após o laudo do IML, mas ele, oriundo de Duque de Caxias, na Baixada, disse que sofria de asma. Ele já tinha mandado de prisão expedido por roubo.

A tentativa de assalto terminou em tiroteio, correria, pânico e três mortes — um policial, um vigilante e o suspeito —, nesta terça-feira, na Zona Norte do Rio. A ação criminosa ocorreu em frente à agência da Caixa Econômica Federal na Avenida Sargento de Milícias, na Pavuna.

A Divisão de Homicídios (DH) recolheu imagens de câmeras externas do banco e de um posto de combustível na região. Nesta quarta-feira deverá ser feito o retrato falado do homem que matou o PM. Segundo policiais, três bandidos seriam do Morro da Providência, no Centro.

Quatro bandidos renderam o mesmo número de vigilantes da empresa Transvip, que abasteciam o banco, às 9h30. Mais de 30 pessoas aguardavam em fila do lado de fora da agência na hora que começou a troca de tiros entre eles.

Policiais do 41º BPM (Irajá) chegaram ao local do crime durante o tiroteio. Quando avistaram os PMs, os quatro bandidos tentaram fugir. Houve perseguição. Luciano Rodrigues foi capturado com uma pistola. Em um posto de gasolina na Rua Cícero, a cerca de 300 metros da agência bancária, o sargento Marcelo Afonso de Oliveira conseguiu alcançar um criminoso.


Após tentativa de assalto a carro forte, um PM e um segurança foram mortos pelos criminosos | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

O bandido fingiu se entregar, mas se atracou com o policial e iniciou uma briga. O assaltante puxou a pistola do PM e atirou na cabeça do sargento. O criminoso fugiu em um Siena preto, que estava estacionado próximo ao posto onde um cúmplice já o esperava.

Testemunhas contaram que os bandidos estavam escondidos entre os carros estacionados em frente à agência quando os vigilantes saíram do banco. “Os assaltantes chegaram atirando nos seguranças. Foi uma correria total, parecia cena de guerra”, descreveu a dona de casa Lucilene da Costa, de 45 anos. O vigilante Edson Paciência Brandão, de 42 anos, morreu na hora, com três tiros.

Sargento teria atirado para o chão

Policiais na Divisão de Homicídios explicaram que o sargento Marcelo Afonso poderia ter atirado no bandido, mas disparou um tiro de fuzil para o chão, como advertência, antes de ser dominado. O subcomandante do 41º BPM, major Uirá Nascimento, disse que a morte do sargento foi a primeira na história do batalhão numa ocorrência de assalto.

“Apesar de ser uma região violenta, estamos trabalhando para diminuir os índices de assalto. Agora, vamos fazer um estudo de casos para orientar melhor nossos agentes”, afirmou o major Uirá.

O sargento estava na Polícia Militar havia 18 anos, um deles no batalhão de Irajá. O enterro será hoje, às 13h30, no Cemitério Jardim da Saudade, na Sulacap, na Zona Oeste.

Bando estudou rotina no banco

Segundo o delegado da DH Giniton Lajes, a quadrilha estudou a rotina da chegada do dinheiro na agência da Caixa. “Eles foram surpreendidos pela reação dos vigilantes, mas chegaram preparados para assaltar o carro-forte”, avaliou. Antes de morrer, Luciano, o suspeito preso, forneceu, em seu depoimento, o nome de alguns criminosos do Morro da Providência, no Centro, que tem UPP. A DH deteve dois homens no morro, mas não há indicação da participação deles no crime.

0 comentários para "Preso por tentativa de assalto a carro-forte morre após depoimento"
Deixar um novo comentário

Um valor � necess�rio.

Um valor � necess�rio.

Um valor � necess�rio.Mínimo de 70 caracteres, por favor, nos explique melhor.