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Polícia indicia dois por roubo milionário em Minas Gerais

26 Abr

A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou dois homens pelo roubo de R$ 45 milhões de uma empresa de transporte de valores, considerado um dos maiores já feitos no Estado. O caso aconteceu em 2010.

Eles foram indiciados pelos crimes de roubo, extorsão mediante sequestro e formação de quadrilha. Segundo a polícia, eles fariam parte de um grupo formado por 25 pessoas, responsável pelo assalto.

Apesar de a quadrilha se caracterizar por “células independentes”, o delegado Wanderson Gomes da Silva, do Grupo de Combate às Organizações Criminosas, diz acreditar que Fábio Antônio Gallego, 36, é um dos mentores e líderes do grupo.

Gallego, que foi apresentado nesta quarta-feira (25) no Departamento de Operações Especiais de Minas Gerais (Deoesp), em Belo Horizonte, é apontado como o encarregado de dirigir o caminhão-baú com a totalidade do dinheiro levado da empresa. Durante a apresentação, ele declarou aos jornalistas que é inocente.

Além dele, a polícia apresentou Paulo Roberto Alves de Oliveira, 38, considerado braço direito de Gallego. Os dois foram detidos no Estado de São Paulo, no último dia 21 do mês passado.

Mais três pessoas haviam sido detidas, mas foram liberadas por conta do término da prisão temporária expedida pela Justiça. No entanto a polícia informou que elas continuam a ser investigadas.

O dinheiro roubado ainda não foi recuperado, e as investigações continuam para tentar localizar o montante roubado e o paradeiro de alguns envolvidos que já foram identificados, conforme a polícia.

“O Fábio foi o responsável por todos os levantamentos relacionados à empresa [de valores] que permitiram a ação criminosa. Para isso, ele se estabeleceu no interior de Minas, na cidade de São João Del Rei. Ele vinha constantemente a Belo Horizonte para fazer os levantamentos”, disse o delegado. Segundo o policial, durante todo o ano de 2009, Gallego estudou o ataque à empresa.

Silva informou ainda que a participação de funcionários no assalto está sendo investigada. “Ele teve informações privilegiadas para essa ação”, declarou.

De acordo com ele, o suspeito era procurado havia cinco anos pela Polícia Federal pelo crime de tráfico de drogas.

O delegado ainda afirmou que não está descartada a ligação do preso com a organização criminosa paulista PCC (Primeiro Comando da Capital).

“Nós estamos mexendo com a linha de frente do crime organizado e não descartamos essa possibilidade. No dia do crime, a empresa estava toda cercada, nas suas imediações, pelos integrantes da quadrilha muito bem armados. Ao sinal da presença de viatura da polícia, os ocupantes seriam literalmente abatidos tamanha era a disposição deles e o armamento pesado que possuíam”, afirmou.

Os dois estão em uma penitenciária de Minas Gerais e cumprem prisão preventiva determinada pela Justiça.

De acordo com o delegado, no curso das investigações, foi verificado que a quadrilha estaria planejando um assalto ainda maior do que fora praticado em Minas Gerais.

“Eles já estavam projetando uma ação semelhante a essa de Minas Gerais, com intuito de arrecadar algo em torno de R$ 300 milhões”, afirmou o policial que, no entanto, não informou qual seria o alvo da quadrilha.

O suposto assalto somente teria sido retardado por conta da prisão de Gallego.

O roubo ocorreu em setembro de 2010 em uma empresa localizada no bairro Ouro Preto, região da Pampulha. Segundo a polícia, a quadrilha, composta por aproximadamente 25 pessoas, dividiu-se para orquestrar o assalto.

Um grupo disfarçado de policiais e com mandados falsos de busca e apreensão foi à casa do tesoureiro da empresa e de outros funcionários, que foram sequestrados com parentes e mantidos reféns em um sítio de Ribeirão das Neves (região metropolitana de Belo Horizonte).

Em seguida, os funcionários foram obrigados a irem até a empresa e facilitarem a entrada dos criminosos, enquanto os parentes eram mantidos sob ameaça de morte pelos bandidos, conforme as investigações.

Segundo a polícia, os criminosos conseguiram levar um valor estimando entre R$ 45 e R$ 46 milhões. Após o assalto, os funcionários e seus parentes foram liberados sem ferimentos.

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