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PF vai investigar uso de arma de choque

26 Mar

A delegacia de Polícia Federal (PF) de Rio Preto abriu investigação para apurar o uso de arma não-letal (choque) pela empresa Baal-Zefom, responsável pela segurança nas comemorações do aniversário de 160 anos da cidade.

De acordo com a PF, a comissão de vistoria de empresas de segurança privada investiga a atuação de um dos vigilantes que teria usado uma arma de choque durante o corte do bolo, realizado no Recinto de Exposições, no último dia 19. A investigação pode concluir pelo afastamento do segurança até a cassação do alvará de funcionamento da empresa.

Na ocasião, milhares de pessoas esperavam para comer o bolo de 300 quilos e 160 metros. Enquanto as pessoas aguardavam, um homem teria tentado pular a grade e iniciado um tumulto.

Um dos seguranças que estava do lado de dentro da grade, em forma de alerta, teria eletrificado o gradil para que as pessoas se afastassem. A medida assustou quem estava no local e gerou confusão. O fato foi presenciado pela primeira-dama, Eliana Lopes, o vereador Eduardo Piacenti (PPS), o secretário de Trânsito, Aparecido Capello. De acordo com o secretário, o uso da arma de choque pelo segurança mostrou “despreparoâ€, já que não haveria necessidade da utilização do equipamento.

Piacenti também lamentou o uso do equipamento pelo segurança contra populares que participavam do evento. A reportagem do Diário estava no local e presenciou a atuação do segurança. O prefeito Valdomiro Lopes (PSB) não estava presente ao corte do bolo porque acompanhava a visita do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que participou de inauguração no mesmo dia e horário do evento promovido no Recinto de Exposições.

A festa foi realizada na última segunda-feira. A assessoria de imprensa da empresa alega que o procedimento do segurança foi correto e que ele precisava conter a multidão, por isso usou a arma. Já o especialista em segurança José Vicente da Silva Filho, condena o uso do equipamento.

De acordo com ele, nunca um agente de segurança pode disparar uma arma, seja ela qual for, como forma de alerta. “Uma arma só pode ser disparada mediante uma ameaça concreta a integridade física do agente ou das pessoas envolvidas na ocasião. Nunca se deve atirar a esmo, sempre deve haver um alvo específico e não a coletividade, como o caso citadoâ€, explica.

Descontrole

Aos berros, o Secretário de Cultura, Deodoro Moreira, afirmou na manhã de anteontem que não daria mais qualquer informação sobre o assunto. O secretário, que ocupa função pública e deve satisfação à população, se recusou a informar o nome da empresa e o valor da contratação dos 120 seguranças, pagos com dinheiro público.

À tarde, Moreira garantiu que a empresa “nunca mais será contratadaâ€. Deodoro, que também acumula a pasta de Comunicação, disse que não se lembrava do nome da empresa e o valor pago pelos serviços. Já o prefeito de Rio Preto, Valdomiro Lopes, afirmou que a prefeitura abriu um procedimento interno para apurar a ocorrência e se o segurança agiu dentro da normalidade.

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