São Paulo - Após a explosão de uma bomba que tinha uma juíza como alvo no fórum de Rio Claro, no interior de São Paulo, o presidente do Tribunal de Justiça (TJ-SP), Ivan Sartori, disse que há problemas de segurança em "todos os 700 prédios" da instituição no Estado.

De acordo com ele, a Justiça paulista está "sucateada" e seria necessário aplicar R$ 210 milhões anuais em segurança particular armada e carros blindados, entre outros recursos, para garantir a integridade dos magistrados e servidores. Hoje são investidos cerca de R$ 24 milhões. Sartori afirma que há no mínimo quatro magistrados que vivem com escolta armada.

"Ser juiz é uma profissão de risco, este episódio mostra isso", disse. A polícia investiga se o caso é uma retaliação contra a magistrada, já que o pacote, sem remetente, trazia como destinatário a juíza. De acordo com Sartori, a investigação do caso corre em sigilo, mas as investigações mostram que está ligado a uma decisão de guarda de menor.

O embrulho estava em uma mesa em frente ao gabinete da magistrada, mas funcionários estranharam e o levaram para o primeiro andar. Ao ser manuseada, a bomba explodiu. Com o impacto, móveis, objetos, paredes e tetos foram danificados. A polícia local não descarta uma averiguação em processos que passaram pelo fórum e foram conduzidos pela vítima.