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Batalhão Mall: MP oferece denúncia contra 17 PMs

20 Out

O Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra 17 policiais militares envolvidos em esquema de corrupção no 10º Batalhão de Polícia Militar de Assú, em decorrência da operação Batalhão Mall, desencadeada no dia 4 de julho. Segundo apuração do MP, os policiais recebiam propina, supostamente para custear despesas de manutenção do Batalhão. Em contrapartida, utilizavam viaturas e outros recursos da PM para realizar serviços de segurança privada a estabelecimentos comerciais da cidade, além de escoltarem empregados das empresas que eram encarregados de efetuar depósitos bancários. Na denúncia encaminhada ao Juiz-Auditor Militar do Estado, o MP pede a condenação de todos os denunciados, inclusive com a decretação da perda de posto e patente.

De acordo com a denúncia do MP, a partir de 2006, época em que o comandante do Batalhão era o então tenente-coronel, hoje coronel, Francisco Canindé de Freitas, foi montado um esquema de captação irregular de recursos juntoa empresários locais. Inicialmente, entre os anos de 2006 e 2007, o então comandante do 10º BPM recebeu aproximadamente R$ 16 mil. Os valores eram distribuídos da seguinte forma, segundo a denúncia: R$ 600 por mês da empresa Nossa Agência; R$ 600 por mês do Posto Líder; R$ 200 por mês do Banco do Brasil e R$ 300 do Banco Bradesco. Os valores eram pagos para autorização da realização, por subordinados, de escoltas de valores e reforço no policiamento na área bancária.

A partir do ano de 2008, segundo o MP, quando o comandante do 10º BPM já era o Tenente Coronel Eliezer Rodrigues, o Banco do Nordeste também passou a pagar a importância de R$ 230 mensal ao comando daquela unidade militar, deixando de ocorrer, por outro lado, o recebimento direto e formal do BB e Posto Líder. "Os recebimentos de valores da Nossa Agência, Banco Bradesco e Banco do Nordeste continuaram durante o comando do Tenente-Coronel Wellington Arcanjo de Morais, a partir do mês de junho de 2010, até a deflagração da operação", descreve a denúncia.

Segundo o MP, o esquema criminoso era vantajoso tanto para os policiais militares, que recebem as vantagens indevidas, quanto para os empresários, que as forneciam, uma vez que deixavam de contratar empresas de vigilância privada a preços superiores, haja vista que tais empresas, que são fiscalizadas pelo Ministério da Justiça, têm um custo operacional elevado com salários, seguros, veículos blindados, impostos e diversos outros insumos exigidos na legislação."Com isso, as empresas beneficiadas ganhavam competitividade em relação às concorrentes, seja por oferecer maior segurança aos seus clientes, que se sentiam protegidos pela presença ostensiva de policiais militares uniformizados e armados, seja porque pagam menos pelo serviço de vigilâncias e transporte de valores, realizado em viaturas caracterizadas".

Denunciados pelo MP

Os acusados são o Tenente-Coronel Wellington Arcanjo de Morais, o Tenente-Coronel Eliezer Rodrigues Felismino, o Major Carlos Alberto Gomes de Oliveira, o Major João Sérgio de Oliveira Fagundes, Tenente Ivanildo Henrique Mendonça, Tenente Winston Hélio de Araújo Coutinho, Subtenente Antônio Nogueira da Costa, Sargento Francisco Xavier Leonez, Soldado Jocélio Sandro Bezerra, Soldado Manoel Xavier Leonês, Soldado Emerson Dantas Lopes, Soldado Francine Nogueira da Silva Junior, Soldado Glauco Vasconcelos de Morais, Soldado Dário Martiniano Bezerra Filho, Soldado Demétrio Rebouças Torres, Soldado Iukatan Jeferson da Silva e o Soldado José Nilton dos Santos.

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