A empresa Rocha Segurança e Vigilância Ltda, ligada ao senador cassado Expedito Junior (PSDB) foi a grande vencedora dos grupos 01, 03, 05, 06, 07, 08, 09 e 10, no valor de R$ 50.713.122,60 (cinquenta milhões, setecentos e treze mil, cento e vinte e dois reais e sessenta centavos), para prestar serviços de vigilância na sede da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), nos órgãos gestores que funcionam fora da sede, nas escolas estaduais da rede pública de ensino e nas suas Representações de Ensino, da capital e do interior do estado, por um período de 12 meses.

Além da Rocha, o secretário estadual de Educação, Júlio Olivar, homologou também a licitação para a contratação de mais duas empresas; a Columbia Segurança e Vigilância Patrimonial Ltda, vencedora do grupo 04, no valor de R$ 3.283.848,00 (três milhões, duzentos e oitenta e três mil, oitocentos e quarenta e oito reais), e a Impactual Vigilância e Segurança Ltda, vencedora do grupo 02, no valor de R$ 2.387.881,40 (dois milhões, trezentos e oitenta e sete mil, oitocentos e oitenta e um reais e quarenta centavos), totalizando o procedimento licitatório no valor global de R$ 56.384,852 (cinquenta e seis milhões, trezentos e oitenta e quatro mil, oitocentos e cinquenta e dois reais).

Segundo a Superintendência de Licitações de Rondônia, as três empresas apresentaram "o menor preço e propostas mais vantajosas para a administração pública�.

Na eleição de 2006, a Polícia Federal descobriu um esquema de compra de votos envolvendo a Rocha Vigilância para supostamente beneficiar, entre outros candidatos, o ex-senador Expedito Júnior e o hoje senador licenciado Ivo Cassol.

Na época, segundo as investigações, cerca de mil vigilantes da empresa receberam R$ 100 cada um para votar em Expedito e Cassol, entre outros candidatos. Expedito teve seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral e Cassol conseguiu a absolvição.

Com a cassação, Expedito enfrentou dificuldades na sua candidatura ao Governo, no ano passado, em razão da lei do ficha suja, na qual ele foi enquadrado.