A quadrilha que foi alvo da operação Paranoia, deflagrada nesta quarta-feira, movimentava aproximadamente R$ 500 mil por mês com a comercialização de drogas na Região Metropolitana, segundo a Polícia Civil. Ao menos 19 pessoas suspeitas de integrarem o grupo foram detidas nesta manhã, durante o cumprimento de 21 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão. Entre elas, estão dois adolescentes e oito mulheres. O bairro Mathias Velho, em Canoas, foi o foco da ação, mas as atividades ocorreram também em Porto Alegre e em Nova Santa Rita.

A operação é resultado de oito meses de investigação da 1ª Delegacia de Polícia de Canoas. Nesse período, ao menos seis pessoas já haviam sido presas. De acordo com o delegado Eric Dutra, os líderes da quadrilha são dois detentos do Presídio Central que contavam com a ajuda das companheiras para comandar o grupo. Eles respondem por crimes como assalto a banco, carros-fortes e cargas.

Segundo a polícia, os presos assumiram o tráfico no bairro Mathias Velho após matar um homem, conhecido como Mano Louco, que liderava o comércio de entorpecentes na região. O grupo também mandava drogas para a Serra e para o Litoral Norte.

A polícia apreendeu drogas, uma dinamite, celulares, rádio comunicadores, computadores, câmera de vídeo, munições, três pistolas, duas réplicas de armas, uma espingarda e pássaros silvestres. Além disso, foram encontrados aparelhos para dar choque e spray de pimenta que seriam usados para torturar vítimas e inimigos. Participaram da ação 200 policiais e 30 delegados em 60 viaturas.