Ladrões fizeram um arrastão na Pizzaria Cristal, no Jardim Paulistano, em São Paulo na noite desta quarta-feira. Cerca de seis bandidos invadiram o local, na Rua Arthur Ramos, por volta de 22h30m e anunciaram o assalto. Recolheram o dinheiro do caixa, relógios, dinheiro e pertences dos clientes. Cerca de 40 pessoas estavam no local e pelo menos 20 tiveram seus pertences levados.

- Eu não sabia o que era aquilo. Quando vi a arma percebi que era um assalto - diz um dos clientes da pizzaria.

Ele afirma que a arma de um dos bandidos ficou apontada para sua cabeça enquanto os objetos eram recolhidos.

Esta é a segunda vez que a pizzaria foi assaltada. Há quinze dias, houve outra invasão deste tipo. Para a polícia, podem ser os mesmos criminosos.

A Polícia Militar informou que foi acionada às 22h49 e, quando chegou ao local, os bandidos já tinham fugido.

�rea nobre da cidade de São Paulo, a região do Jardins tem sido alvo de violência. Na terça-feira, uma psicóloga de 53 anos levou um tiro no rosto ao ser assaltada na Rua Mello Alves. A mulher havia acabado de almoçar em um restaurante quando foi abordada por um ladrão armado, que queria o Rolex. Ela correu em direção a seu carro blindado, mas foi derrubada e o ladrão atirou. Por sorte, a bala entrou pela boca e saiu pela bochecha.

Ontem, o 15º Distrito Policial, responsável pela área, anunciou a prisão de cinco suspeitos de integrar uma quadrilha que aliciava menores para roubar relógios de luxo - como Rolex, TAG Heuer e Bulova -, além de celulares e joias. O grupo foi detido em um bar próximo a Praça da Sé na noite de terça-feira.

Com eles foram apreendidos cinco celulares, uma máquina digital e uma arma de brinquedo. Segundo o delegado Paul Henry Bozon Verduraz, responsável pelas investigações, a quadrilha agia da mesma maneira há pelo menos três anos.

- Eles aliciavam adolescentes usuários de drogas e sem ocupação fixa, residentes nas cidades de Ferraz da Vasconcelos e Franco da Rocha - disse.

A investigação acontecia há três meses, mas foi com a prisão de um adolescente em flagrante pela Polícia Militar que se chegou aos mentores do crime.

O grupo agia principalmente nos bairros de Itaim Bibi e Jardim Paulista. Em três meses foram registrados pelo menos 65 crimes do tipo na delegacia da região. Os homens presos orientavam, entregavam as armas de brinquedo e até escolhiam as vítimas. O assalto era cometido pelos menores que recebiam entre R$ 500 e R$ 1000 por cada roubo. Suspeita-se que pelo menos 100 jovens foram aliciados pela quadrilha.



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