Polícia de São Paulo investiga onda de ataques a caixas eletrônicos
13 Mai
A polícia de São Paulo resolveu mudar de estratégia para combater uma estatística preocupante: pelo menos um caixa eletrônico é roubado por dia. O secretário de Segurança de São Paulo colocou todo o efetivo da Delegacia de Roubo a Bancos para investigar a onda de ataques a caixas eletrônicos. Foram 43 desde o mês passado.
Um dos pontos de partida da investigação é o modo como os bandidos agem: os caixas são explodidos com dinamite. Três ataques ocorreram nas últimas 48 horas. Em um supermercado da Zona Norte, três bandidos armados usaram explosivo, mas não deu certo. Eles fugiram sem levar o cofre.
Em outro supermercado em Guarulhos, na Grande São Paulo, a polícia não sabe quanto foi levado. Na pressa, os ladrões deixaram dinheiro espalhado pelo chão. Em Taboão da Serra, também na Grande São Paulo, os bandidos chegaram armados com metralhadoras. A explosão abriu um rombo na parede. O prejuízo foi calculado em R$ 50 mil. Os comerciantes ficaram apavorados.
“Esse não é o primeiro. Já aconteceu na outra loja”, comentou o comerciante Antonio Macedo Filho.
Rogério Amato, presidente da Associação Comercial de São Paulo, diz que a decisão de retirar os caixas eletrônicos cabe aos comerciantes e donos dos estabelecimentos onde eles estão instalados.
“Está se formando um consenso de que é preferível não ter o equipamento, do que ter e sofrer um problema como este. Acho que em um primeiro momento isso afasta o cliente”, afirmou o presidente da Associação Comercial de São Paulo.
“É uma decisão do próprio comerciante. Se ele achar que está correndo risco com a instalação do equipamento, ele deve entrar em contato com o banco e pedir que seja retirado. Em todo o caso, a população será prejudicada”, explicou o diretor técnico da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Wilson Gutierrez.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, promete polícia na tua e resultado rápido. “Nós temos certeza de que nós vamos ter resultados em breve. Este é um crime da moda, como foram os assaltos a joalherias em shopping Centers”, declarou o secretário.
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