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Avançam negociações para volta ao trabalho nas obras do PAC

01 Abr


Avançaram as negociações para a volta ao trabalho nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Milhares de operários entraram em greve e são, pelo menos, cinco obras do PAC paralisadas. Governo, centrais sindicais e empresas querem acabar com os “gatos”, aquele pessoal que vive de intermediar a contração de operários, especialistas em oferecer tudo de bom, só que quase sempre não é isso o que os trabalhadores encontram.

Mas eliminar os “gatos” pode não ser fácil. O governo quer que o Sistema Nacional de Emprego (Sine) passe a recrutar os trabalhadores, mas apenas o PAC tem hoje 13 mil obras em planejamento ou em execução.

O governo promete montar agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine). Quer mudar o processo de seleção de operários e acabar com os “gatos”, como são conhecidos os intermediários que recrutam mão de obra no meio da rua.

“É o ‘gato’ que pega em condições degradantes do trabalhador. Anuncia para levar por um salário maior e por condições melhores, mas quando chega lá não é isso”, alerta o vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Empresários e sindicalistas conversaram com ajuda do Palácio do Planalto. Foi mais uma tentativa de acabar com as greves e depredações nos canteiros de obras. Na hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, o cenário é de abandono, com alojamentos destruídos. A Força Nacional está lá para tentar acalmar os ânimos.

Em outra usina de Rondônia, a de Santo Antônio, também há paralisação. A Justiça mandou que os funcionários voltem à ativa. Do contrário, o sindicato será multado. Na refinaria Abreu e Lima e na petroquímica Suape, em Pernambuco, os operários voltaram a trabalhar depois de 16 dias parados. Na usina São Domingos, em Mato Grosso do Sul, ainda há greve. O Ministério Público do Trabalho quer fiscalizar de perto as obras.

“Nós estamos agora na etapa de diagnosticar quais são as principais causas dessas revoltas que estão ocorrendo e a partir daí elaborarmos um roteiro de atuação para, quando os procuradores, médicos e engenheiros do trabalho forem aos canteiros de obras, nós sabermos exatamente o que verificar”, afirma o procurador-geral do trabalho Otavio Brito.

“Em todos os lugares onde há denúncias, onde nós verificamos que há uma demanda, o Ministério do Trabalho está lá. Ninguém vai conseguir resolver sozinho, é um problema que a sociedade toda vai ter de resolver”, garante a secretária de inspeção do trabalho do Ministério do Trabalho, Vera Albuquerque.

Para tentar acabar com a paralisação na Hidrelétrica de Santo Antonio, no Rio Madeira, em Rondônia, sindicalistas e empresários aceitaram discutir algumas das reivindicações dos trabalhadores, como antecipação de 5% do reajuste salarial e cinco dias de folga a cada três meses, com passagens aéreas fornecidas pelas empresas.

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