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Quadrilha faz família de gerente refém para roubar banco em Jaú

24 Mar


Uma quadrilha fortemente armada fez a família de um gerente de um banco refém por mais de 12 horas em Jaú (47 quilômetros de Bauru). Os ladrões queriam dinheiro do HSBC, mas, segundo a Polícia Civil, não levaram nada. A mulher e a filha do gerente foram libertadas no início da tarde de ontem sem sofrer qualquer ferimento. Não havia pistas dos marginais até o fechamento desta edição.

Na versão policial, a ação dos marginais foi abortada quando uma testemunha percebeu algo errado e acionou a Polícia Civil. O delegado encarregado das investigações, Edmilson Bataier, não revelou detalhes sobre a ação policial que teria motivado a libertação dos reféns sem conseguir o dinheiro.

Foram mais de 12 horas de tensão para a família – os nomes não foram revelados por questões de segurança. Segundo uma fonte, o gerente teria sido rendido ao chegar a sua casa, em um bairro nobre de Jaú, local não revelado pela polícia. Ele, a mulher e a filha, de seis anos, ficaram sob a mira de armas de grosso calibre.

Por volta das 5h da madrugada, a mulher e a filha foram levadas para um cativeiro, próximo da cidade de Bariri, enquanto o gerente teria ficado em Jaú com parte do grupo para abrir o cofre (que tem horário determinado para isso) e roubar o dinheiro da agência. Os ladrões não pretendiam levar uma pequena quantia, embora a polícia não tenha revelado o montante pretendido.

Bataier não confirma que o gerente tenha entrado na agência localizada na rua Edgard Ferraz, 351, Centro da cidade. Sabe-se que, pela manhã no horário de abertura do banco, havia grande movimentação da polícia no local. O Jornal da Cidade foi avisado por um usuário que estranhou tantas viaturas no local.

Na versão policial, a partir do momento que a testemunha acionou a polícia os ladrões perceberam que, algo estava fora do plano, e abortaram a ação. “A mulher e a criança foram libertadas em um canavial em Bariri. Nenhuma das vítimas sofreu ferimentos. Nenhum dinheiro foi levado. Não houve prejuízos,” garante o delegado.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Jaú, José Antônio Gamba, acompanhou o gerente na delegacia, mas estava proibido de falar sobre o assunto. Na agência, o assunto também estava proibido de ser comentado.

No final da tarde de ontem, integrantes da Polícia Científica colheram vestígios deixados pelos bandidos na casa do gerente.

A assessoria de imprensa do HSBC informou ontem à tarde que tratou-se de tentativa de roubo. Questionada se o gerente chegou a ser levado até a agência, a assessoria afirmou que não tinha essa informação.

Quadrilha especializada

A quadrilha, que pode ter mais de seis integrantes envolvidos, segundo o delegado Edmilson Bataier, não estava agindo pela primeira vez. “Pelo tipo de armamento e pela maneira que eles se comportaram com as vítimas podemos concluir que são especialistas no assunto. Estava fortemente armados. Estavam em seis no mínimo, mas esse número pode ser ultrapassado.”

A polícia diz não ter pistas dos marginais e não descarta nenhum informação. “Estamos trabalhando com o serviço de inteligência e com informações que estão chegando para a gente”. Sobre a possibilidade de um veículo com placas de Santa Catarina apreendido estar envolvido nesse crime, o delegado disse apenas que não pode revelar linhas de investigações, que estão sendo seguidas. “É precoce dizer alguma coisa. Tratamos de libertar as vítimas e, a partir de então, vamos trabalhar para identificar os ladrões”.

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