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Insegurança deixa comércio atrás das grades no interior do Brasil

09 Mar


Lojas, casas, prédios, tudo atrás de grades. A sensação de insegurança está aumentando também no interior do brasil. As câmeras já não inibem mais os assaltantes. No interior do estado de São Paulo, região que era considerada tranquila, os comerciantes estão tomando medidas radicais: se trancaram atrás de grades e estão se protegendo com vidro a prova de balas. Imagens são impressionantes.

Sapatos atrás das grades parecem cercados de segurança máxima. A funcionária da loja divide o tempo entre atender o cliente e fechar a imensa grade. Nas ruas de Franca, é difícil encontrar uma loja sem grades. Às vezes o produto, na vitrine, fica em segundo plano, mas é o preço para quem busca segurança.

Todo medo tem justificativa. As câmeras já não assustam mais os ladrões, que invadem os estabelecimentos a qualquer hora, ameaçam os comerciantes, roubam mercadorias e o dinheiro do caixa. Em Franca, uma cidade de 320 mil habitantes no interior de São Paulo, os roubos e furtos tem aumentado nos últimos três anos. A média é de 16 casos por dia. A dona da loja, Fernanda Borges Cury, colocou uma grade que cobre toda a parte da frente da loja e ainda tem câmeras instaladas.

"Uma vez eu já fui assaltada, então nós resolvemos pôr as grades para a nossa segurança", diz Fernanda. "Me sinto um pouco prisioneira. A gente fica presa do lado de dentro e ele solto do lado de fora."

Com a ajuda de câmeras, os comerciantes estão sempre de olho na rua. A entrada na loja só é permitida depois que a pessoa se identifica. Mesmo com os esses cuidados, os roubos ainda acontecem. Em uma loja de calçados, foi preciso reforçar também a segurança das vitrines e janelas.

Primeiro, o dono, Guilherme Bergamo Martori, instalou uma grade na vitrine. Não deu certo. Ele decidiu, então, colocar o mesmo vidro usado em carro-forte. O vidro tem dois centímetros de espessura. É para resistir a disparos de pistola e, claro, a outras tentativas dos ladrões.

"A loja fica com portas fechadas. Só entra com identificação justamente para a segurança dos funcionários e dos clientes", explica Guilherme.

Quem passa por uma rua em Batatais, perto de Franca, não entende porque o relojeiro Josafá Garcia de Araújo trabalha dentro de uma cela. Dois assaltos e vários furtos obrigaram o relojoeiro a uma escolha: trabalhar como se fosse um prisioneiro ou continuar correndo risco de novos roubos.

"Não me restou alternativa a não ser colocar essa proteção. Eu costumo chamar de ‘a minha cadeia particular’", ironiza.


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