O vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Cascavel (Oeste do Estado), Laerson Vidal Matias, é taxativo. As agências bancárias não são ambientes seguros, principalmente para os clientes e, em alguns casos, também para os funcionários. E não são porque os bancos não têm isso como prioridade. Na base sindical da região, que engloba 24 municípios, foram registrados dois sequestros, assaltos à transporte de valores, entre outras ocorrências. Todas em cidades pequenas. Em Cascavel, o problema são os assaltos fora das agências, conhecidos como saidinhas de banco.

Matias descreveu que uma das quadrilhas - de São Paulo - teria sequestrado um gerente e um tesoureiro e passado a noite ameaçando as famílias. Ao amanhecer, parte do bando seguiu até a agência com as vítimas e consumou o roubo. No outro crime, uma coincidência de nomes confundiu os assaltantes. Eles teriam sequestrado um funcionário em vez do gerente e abortaram a ação quando perceberam a confusão.

Além destes dois casos, houve ocorrências também envolvendo transporte de valores entre pequenos municípios do Oeste. Em cidades pequenas, os bancos não contratam empresas de transporte de valores e este serviço é feito por funcionários, o que é irregular, denunciou o sindicalista.

Em Cascavel, os diversos casos de roubo de clientes do lado de fora das agências fez o sindicato pressionar o Legislativo para criar lei municipal obrigando as agências a instalarem biombos na boca do caixa para dar mais privacidade aos usuários. Até agora, só 20% das 33 agências teriam cumprido a determinação.

Na avaliação do representante sindical, as agências não são seguras porque os bancos são negligentes e cumprem apenas o mínimo determinado por lei. O Banco Central teria que assumir sua responsabilidade e cobrar melhorias na segurança, cobrou.