Os moradores do centro de Riacho das Almas, no Agreste, acordaram no meio da madrugada de ontem assustados com a violência de uma explosão na agência do Banco do Brasil da cidade. O local foi mais um alvo de quadrilhas especializadas em roubos a banco no Estado. Os bandidos entraram por voltas das 2h e colocaram explosivos em dois caixas eletrônicos que foram pelos ares. A quantidade de material utilizada para abrir as máquinas foi tão grande que destruiu boa parte da agência. De acordo com testemunhas, cinco homens armados chegaram em uma caminhonete S-10 escura, entraram no banco e colocaram os explosivos. Depois da detonação, pegaram o dinheiro e saíram sem pressa do local em direção a BR-140. A delegada da cidade, Rita de Cássia Valença, acredita que o bando deve ser maior pelas características do roubo. “Provavelmente, foi utilizada dinamite. Como eles não conseguiram abrir os caixas em outras tentativas, dessa vez quiseram detonar tudo�, comentou. A delegada contou que a mes­ma agência foi alvo de assaltantes duas ve­zes em 2010, mas, na época, nada foi levado, ou porque os caixas não abriram ou porque não tinham dinheiro.Apesar o valor total do roubo de ontem não ter sido divulgado, funcionários da agência, que preferiram não ter o nome revelado, acreditam que a quantia levada foi pequena. “Eles levaram pouco dinheiro já que não era dia de pagamento de nada na cidade�, disse a delegada. Rita de Cássia frisou a pouca atenção dada pela agência às recomendações de reforço na segurança privada. “A agência não tem nenhum vigia à noite. Depois das últimas tentativas, indiquei que colocassem um vigilante à paisana para acompanhar qualquer movimentação, mas não foi tomada qualquer providência. Não podemos manter um policial lá, porque não é competência nossa�, disparou. O gerente local do banco dar declarações à Imprensa. A assessoria de Imprensa do Banco do Brasil em Pernambuco não quis se pronunciar sobre as críticas da delegada, mas informou que os padrões de segurança das agências estão em conformidade com a legislação vigente. O Instituto de Criminalística (IC) esteve no local e deve divulgar um laudo em dez dias. As investigações serão conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos da Capital.