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Gim Argello renuncia ao cargo de relator do orçamento após denúncias

08 Dez


Denúncias de liberação de recursos para empresas fantasmas derrubaram o relator do orçamento. O senador Gim Argello (PTB-DF) renunciou. A pressão para essa renúncia foi muito pesada tanto da oposição quanto do governo, que temia que, por causa das denúncias, os parlamentares não votassem o orçamento de 2011, o primeiro da presidente eleita Dilma Rousseff.

A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) é a nova relatora do orçamento. A líder do governo no Congresso assumiu o lugar do senador Gim Argello (PTB-DF). Pressionado por causa de denúncias contra ele, o senador deixou a relatoria e a vaga que tinha na comissão de orçamento.

“Ele teria de sofrer uma investigação, como certamente vai sofrer essa investigação ali comandando o orçamento do qual ele era suspeito de ter beneficiado empresas fantasmas”, afirmou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

Segundo denúncia do jornal “Estado de São Paulo”, no ano passado Gim Argello pediu ao ministro da Cultura a liberação de dinheiro para organizar um encontro em Brasília. Ao todo, R$ 532 mil foram liberados, como mostra o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siaf) do governo federal.

O dinheiro seria repassado ao Instituto Renova Brasil, que funciona junto a uma vidraçaria em Brasília. O instituto contratou outra empresa: a RC Assessoria e Marketing. Um dos sócios da empresa admitiu ao “Estado de São Paulo” que era um laranja e que emprestou o nome em troca de R$ 500 por mês.

“Eu fui acusado injustamente e eu não quero contaminar o trabalho da comissão, que está fazendo um trabalho maravilhoso”, declarou o senador Gim Argello (PTB-DF).

O medo dos senadores aliados ao governo era que as denúncias inviabilizassem a votação do orçamento de 2011. A presidente eleita, Dilma Rousseff, corria o risco de tomar posse sem orçamento aprovado.

O Ministério da Cultura suspendeu os projetos financiados por emendas parlamentares ligadas ao senador Gim Argello e está apurando o caso. O Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral também estão investigando as denúncias.

O orçamento do ano que vem vai ter um corte de R$ 12 bilhões. O governo tinha superestimado a arrecadação prevista para 2011. Por isso, teve de revisar para baixo a projeção.


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