Serviços: 42% das empresas acreditam em alta de até 6% no faturamento em 2012
31 Jan
SÃO PAULO - Um levantamento realizado pela Cebrasse (Central Brasileira do Setor de Serviços) e divulgado nesta segunda-feira (30) revela que 42,3% das empresas do setor de serviços acreditam que o faturamento do seu negócio deve crescer até 6% este ano.
Pelos dados, 22,2% afirmam que o faturamento deve crescer entre 1% e 3%, enquanto 20,1% disseram entre 4% e 6%.
Outros 17,8% estimam alta de 7% a 9%. O mesmo percentual aposta em expansão de 10% ou mais. Apenas 7,4% informaram que o faturamento será abaixo do de 2011, enquanto 11% acredita que manterá o mesmo nível do ano anterior. Outros 3,7% não souberam informar.
Emprego
Em relação à mão de obra, o estudo revela que a geração de empregos em 2012 deve se expandir equitativamente ao faturamento: 25,2% das empresas têm expectativa de aumento de 1% a 3% na contratação, e outras 25% devem ampliar seus quadros de funcionários em torno de 5%.
Quase 20% dos empregadores projetam aumentar a contratação em 10% ou mais ante 2011 e cerca de 16% dizem esperar aumento de 8%.
Dificuldades do setor
A pesquisa questionou também quais são os principais desafios dos empresários do setor. Sobre os fatores internos, 86,8% dos respondentes disseram que é a atração e retenção de profissionais com alta qualificação.
Em seguida, aparecem manter os custos competitivos (69%) e diferenciar os produtos para se manter competitivos (58,8%).
Entre os fatores externos, destacam-se a qualificação da mão de obra (92,5%), alta carga tributária (86,5%), legislação trabalhista inflexível (77,8%) e concorrência desleal (76,8%).
Sobre não ter profissionais qualificados, o presidente da entidade, Paulo Lofreta, afirma que a situação é tão grave, que os empresários deixaram em segundo plano a “histórica questão da carga tributária".
“O problema faz-se rotineiro em qualquer atividade do mercado. Desde pequenos serviços de reparos em residências ou escritórios, até empresários que precisam preencher vagas de vigilantes com segundo grau completo, e também na hora de se contratar profissionais especializados, como engenheiros das áreas civil ou ambiental”, explica.
Para se ter uma ideia, 45,9% das empresas disseram que a falta de mão de obra qualificada tem um altissímo impacto nos negócios. Outros 39,3% declararam que o cenário tem alto impacto.
Sobre a pesquisa
O estudo foi realizado com cerca de 11 mil empresas de 30 diferentes segmentos de todo o País.