Vigilantes devem ter acompanhamento psicológico e treinamento qualificado
13 Out
A fatalidade ocorrida em uma agência bancária, na cidade de São Bernardo do Campo (SP), na semana passada, em que um vigilante alvejou um correntista após uma discussão, traz à tona um relevante tema envolvendo segurança privada: a importância da qualificação e acompanhamento periódico de profissionais da área de vigilância.
De acordo com o encarregado de Segurança do Grupo PoliService, Jorge Fernandes, para uma formação qualificada, os treinamentos não devem envolver apenas o manuseio de armas e táticas de defesa. O profissional deve dominar também técnicas para trabalhar com o público, de forma que nunca entre em conflitos desnecessários. Além disso, segundo Fernandes, é importante também reforçar o trabalho psicológico – que deve ser periódico –, desenvolvido frente à ação desse profissional. O especialista destaca a importância da supervisão regular das atividades do vigilante. “O profissional deve passar por uma avaliação periódica para atestar sua qualificação, mas a empresa contratante também pode entrar em contato com a contratada, caso note um comportamento estranho do profissional.”
Outro ponto importante é a correta postura diante das portas giratórias. Instaladas para representar um elemento a mais na segurança da população em agências bancárias, os itens exigem cuidados e recomendações no que diz respeito ao tratamento para com o público. É dever do vigilante, por exemplo, ficar atento para não colocar vidas em risco e ainda assumir o controle das mais variadas situações, lembrando sempre que as pessoas que transitam são clientes da instituição que o contratou.
Cuidados e recomendações na contratação de vigilantes:
- Consultar a Polícia Federal e o sindicato da categoria da empresa e verificar a sua idoneidade.
- Quando já tiver o contato solicitar a documentação da empresa para verificar a sua atuação perante o Estado, se enfrenta algum tipo de processo e se está em ordem com o pagamento de impostos.
- Uma das vantagens na contratação de empresas regulamentadas é que o contratante não arca com impostos indiretos.
- Não é permitida por lei a contratação de servidores públicos (policiais) para realização de outras funções remuneradas. Em caso do servidor vir a óbito, a empresa contratante arca com parte dos encargos e ainda tem que responder criminalmente.