Caixas são arrombados na Cidade Operária no Maranhão
06 Dez
Dois caixas eletrônicos do Banco do Brasil na Cidade Operária, inaugurada há pouco mais de um mês, foram arrombados na madrugada de ontem. A agência não dispõe de vigilantes no período da noite, o que, segundo a polícia, facilitou a ação dos bandidos. Durante a ação criminosa, três câmeras de segurança que estavam direcionadas para os caixas eletrônicos foram cobertas com pequenas caixas de isopor. A polícia não tem pistas dos autores.
O arrombamento só foi descoberto por volta das 8h, quando um zelador do banco, que preferiu não se identificar, chegou ao local e percebeu que os caixas estavam cobertos com uma lona preta, como se estivessem em manutenção. Curioso, ele retirou a lona e logo percebeu que as máquinas haviam sido arrombadas com maçaricos e outras ferramentas de corte. “Foi então que a polícia foi acionada para averiguar o que havia acontecido. Uma vez constatado o crime, acionamos reforço policial e a equipe do Icrim [Instituto de Criminalística] que ficará responsável por fazer a perícia”, disse um sargento da Polícia Militar que atendeu à ocorrência.
De acordo com a polícia, além de ousada, a ação dos bandidos deve ter sido planejada desde outubro, mês em que o banco foi inaugurado. Por não haver vigilante no local, é possível que a agência tenha sido monitorada minuciosamente durante seu funcionamento. “Ficamos impressionados ao saber que não há um vigilante sequer aqui. Tenho até medo de sacar dinheiro e ser surpreendida dentro do próprio banco. Não terá ninguém para intervir”, disse a aposentada Fátima de Jesus Cerqueira.
O presidente do Sindicato dos Vigilantes do Maranhão, Luiz Gonzaga Sá, explica que, em várias agências do estado, a vigilância de agências e caixas eletrônicos é feita apenas por monitoramento remoto. "Estamos tentando resolver isso com os bancários aqui, mas as convesas avançam muito lentamente", disse Gonzaga.
No local do crime, os bandidos deixaram parte do material usado para o arrombamento. Alicates de corte, luvas, litros com água mineral, chaves de fenda e inglesas, serras de corte, lentes de precisão, óculos, lonas e caixas de isopor. “Mostra que eles estavam bem preparados para o que tinham ido fazer. Foi uma ação planejada e executada em tempo hábil”, completou o policial reformado da Polícia Militar, Wellington Bezerra, que mora nas proximidades do banco.
A polícia informou que vizinhos e comerciantes que trabalham próximo ao local não perceberam qualquer tipo de movimentação estranha durante a noite e madrugada de ontem. Os bandidos, como relataram os policiais, primaram por rapidez e silêncio durante o crime. Provavelmente, uma quadrilha formada por no mínimo quatro pessoas. “Com a experiência que tenho, acredito que pelo menos um deles ficou posicionado em um veículo, já preparado para a fuga, do lado de fora, enquanto outros três, no mínimo, trabalhavam dentro da agência. É praticamente impossível um número menor de pessoas conseguir arrombar duas máquinas desse porte”, contou Bezerra.
Apesar do registro, os outros caixas eletrônicos funcionaram normalmente durante toda a manhã de ontem. Tomados pela curiosidade, dezenas de pessoas olhavam para as máquinas, impressionados com o que haviam ocorrido. Eles reclamaram da falta de vigilantes no local.
O Estado tentou entrar em contato com a gerência do Banco do Brasil, para obter informações referentes ao valor roubado, mas não conseguiu. Os telefones disponibilizados estavam fora da área de serviço.
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Apesar de a polícia ter entrado em contato com o Banco do Brasil para tratar sobre a ocorrência, nenhum gerente ou funcionário foi à agência até o momento em que a perícia esteve no local. O zelador que primeiro visualizou os caixas arrombados também não conseguiu falar com os gerentes.
Com informações do Sindicato dos Vigilantes do Maranhão