Prévia da inflação de maio atinge 0,59% e é a maior para o mês desde 2016
26 Mai
REPRODUÇÃO AUTORIZADA PELO AUTOR |
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, desacelerou para 0,59% em maio, após registrar 1,73% em abril, mas é a maior variação para um mês de maio desde 2016, quando o índice foi de 0,86%, segundo dados divulgados, nesta terça-feira (24), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Confira abaixo os vilões da inflação de maio e os itens que mais subiram.
O IPCA-15 acumula alta de 4,93% no ano. A alta acumulada de maio do ano passado a maio deste ano, ou seja, em 12 meses é de 12,20% e é a maior inflação anual no país desde novembro de 2003, quando ficou em 12,69%.
De acordo com o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados oito registraram alta nos preços, a exceção foi a energia elétrica, que registrou queda de 14,09%, influenciando a leve desaceleração do índice em maio.
O motivo da queda na energia elétrica é que, em 16 de abril, passou a vigorar a bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz, após seis meses de bandeira “Escassez Hídrica”, com acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos, em vigor desde setembro do ano passado.
Grupos que registraram alta em maio
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta em maio, exceto Habitação (-3,85%) por causa da redução na energia elétrica.
Confira a inflação de maio para cada um dos grupos
. Alimentação e bebidas: 1,52%;
. Habitação: -3,85%;
. Artigos de residência: 0,98%;
. Vestuário: 1,86%;
. Transportes: 1,80%;
. Saúde e cuidados pessoais: 2,19%;
. Despesas pessoais: 0,74%;
. Educação: 0,06%;
. Comunicação: 0,50%;
Quem foram os vilões da inflação de maio
Dentre os itens e subitens de maior impacto na prévia da inflação de maio, os destaque foram para as seguintes altas:
. Remédios (5,24%);*
. Produtos de higiene pessoal (3,03%);
. Passagem aérea (18,40%);
. Gasolina (1,24%); e,
. Etanol (7,79%).
* A alta dos medicamentos é explicada pelo reajuste de até 10,89% autorizado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), por meio da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a partir de 1º de abril.
Veja os itens que mais subiram:
. Leite longa vida (7,99%);
. Batata-inglesa (16,78%);
. Cebola (14,87%); e,
. Pão francês (3,84%).
Fortaleza é a campeã em preços altos
Todas as áreas pesquisadas tiveram alta em maio, mas a maior variação ocorreu em Fortaleza (1,29%).
Curitiba é onde foram registrados os menores reajustes
O menor resultado foi verificado pelo IPCA 15 foi em Curitiba (0,12%), onde, além do recuo de quase 18% da energia elétrica (-17,62%), houve também queda nos preços de alimentos como a cenoura (-19,88%) e o tomate (-13,72%).
Confira mais dados na página do IBGE.
Fonte: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz