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Com a greve dos bancários entrando em sua 3ª semana, as casas lotéricas estão registrando um aumento de até 30% no atendimento. Um grande número de pessoas deixa de procurar os caixas eletrônicos e de usar a internet para pagar suas contas, considerado o meio mais seguro pela Polícia, preferindo resolver tudo nas lojas. Com as casas lotadas, mais dinheiro anda circulando nesses locais. Algumas pessoas se dirigem às lotéricas com grandes somas, colocando a própria segurança em risco, pois aumentam as chances de serem assaltadas. A aposentada Arlinda Santana, 68, disse ao MidiaNews que ir à lotérica é a única opção para receber o dinheiro da aposentadoria e de pagar as contas. "Não entendo de internet e fazia tudo no banco, com a ajuda da funcionária. Agora, não tem outro jeito", lamentou. Para aumentar ainda mais as casas de apostas, a Mega-Sena acumulou e pode pagar R$ 38 milhões nesta quinta-feira (13). Com isso, não é difícil ver as pessoas pagando as contas e aproveitando para "tentar a sorte". O risco de assaltos aumentou proporcionalmente ao fluxo de pessoas nas casas lotéricas. Isso porque esses estabelecimentos, em sua maioria, não possuem vigias e demais equipamentos de segurança, e são freqüentados por todos os tipos de pessoas. Greve dos bancos Apesar de alguns bancos privados estarem funcionando pelo país, os bancários bateram o pico alcançado em 2010 e conseguiram fechar, neste ano, pouco mais de nove mil agências em todo o país. Este é o maior movimento da categoria nos últimos 20 anos. Em 2010, o número de agências com atividades paralisadas foi de 8,2 mil. Em Mato Grosso, o número de agências paralisadas é de 162 mil. Agências do Bradesco, nos últimos dias, estão abrindo em horário especial: das 13h às 16h. No entanto, os correntistas dos demais bancos não contam com a mesma sorte. Agora, os bancários já pensam em estender a paralisação para os serviços de atendimento por telefone e também por internet, a fim de exercer mais pressão na busca pelas suas reivindicações. Em nota oficial divulgada na última sexta-feira (7), a Federação Nacional de Bancos (Fenaban), disse ter feito fez duas propostas completas visando a acordo com os bancários e colocou-se à disposição do movimento sindical para tratar de eventuais acertos que fossem necessários. "Portanto, não há razão para que a federação apresente nova contraproposta como querem os sindicalistas. O que se espera, agora, é que sejam discutidos os ajustes que levem ao acordo", diz a nota. Os funcionários pedem por aumento salarial de 5% acima da inflação, o que corresponde a 12% de aumento e aumento da Participação de Lucros e Resultados (PLR). Em contrapartida, os patrões oferecem apenas 0,5% de aumento. Além disso, a categoria pede por melhorias na segurança das agências bancárias e nas condições gerais de trabalho: valorização do piso, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas (consideradas pelos funcionários como abusivas), igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes. |