A greve motivada pela falta de pagamento de salários prevista ontem (9) pelo Sindicato dos Vigilantes do DF começou. Cerca de 2.200 trabalhadores pararam suas atividades desde as 7h desta terça e só retornarão após o recebimento dos vencimentos de dezembro.

Duas empresas não pagaram seus funcionários, a Brasília Segurança e Ipanema, responsáveis pela segurança de hospitais, UPAs e Centros de Saúde. Em todo o Distrito Federal, apenas nos hospitais de Sobradinho, Planaltina, HRAN e Base os trabalhos foram mantidos.

Os vigilantes da Saúde são apenas mais um caso de trabalhadores que sofrem com o descaso e a má gestão do governo Rollemberg. Funcionários de firmas contratadas pelo GDF, os terceirizados, nos últimos anos, têm recebido seus salários e direitos trabalhistas com atrasos que prejudicam a qualidade de vida de suas famílias.

Rodrigo Britto, presidente da CUT Brasília, lançou uma nota de repúdio ao Governo do Distrito Federal e aos patrões contra desrespeito aos terceirizados. Na publicação ele afirma que o salário é sagrado. “É dever do patrão manter o salário em dia, já que o trabalho foi realizado. O pagamento do vencimento mensal é fundamental para a dignidade do trabalhador e sua família”, declarou.

A CUT Brasília lembra que o GDF, por ser a contratante principal, possui responsabilidade solidária com estes trabalhadores terceirizados e cabe ao governador Rollemberg exigir a imediata quitação da dívida trabalhista, resolver definitivamente o problema dos terceirizados prestadores de serviços do Distrito Federal e impedir burlas por parte dos patrões também aos acordos coletivos.