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'Esse Senado pedirá desculpas a Dilma', diz senador Lindemberg Farias

31 Ago

O plenário do Senado determinou, por 61 votos a 20, a cassação do mandato da presidenta eleita Dilma Rousseff. O resultado significa que não houve nenhuma ausência nem abstenções. A defesa do afastamento, proferida pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), sintetizou o caráter político e ideológico da decisão da maioria, e o desprezo pela ausência do crime de responsabilidade: o voto contra o “populismo bolivariano”. "O cidadão não quer ver o dinheiro público sendo destinado ao Foro de São Paulo e os países bolivarianos. Vamos praticar a maior assepsia da politica brasileira", disse – em referência a uma suposta inviabilização eleitoral do PT – o senador acusado de manter trabalhadores em situação análoga a trabalho escravo em sua fazenda em Goiás.

Antes, o senador Lindemberg Farias (PT-RJ) havia reafirmado a ilegalidade do impeachment, chamando o processo de uma “farsa” e apelou aos senadores que pensassem em sua biografia e no país. “Essa sessão não acaba hoje, ela nunca acabará. Ficará permanentemente na História. Aqui há dois tipos de senadores os que sabem que não houve crime e votam contra e os que também sabem, mas votam a favor”, disse. “Nós nunca esqueceremos essa data. Uma nova geração de brasileiros vai lutar para anular esse resultado e esse Senado pedirá desculpas a Dilma. O Senado está entre a infâmia e a glória. Nós vamos dormir tranquilos, porque estamos do lado certo da História.”

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) lembrou que a batalha do impeachment se iniciou em 2014, quando saiu o resultado das eleições. "Porque aqueles que perderam numa aceitaram e tomaram a decisão política que esta sendo executada hoje de não permitir que Dilma governasse o país. Estamos aqui para o registro da História. Não há nenhum ingênuo. A decisão é política não gostam que a gente fale de golpe, mas a gente fala, porque se não houve crime não é golpe, não contra Dilma, mas contra o povo brasileiro", disse.

Em seguida, o plenário votou, separadamente, pela inabilitação de Dilma para exercício de função pública por oito. O placar foi de 42 votos a 36 e três abstenções. Como seriam necessários 54 votos, a presidenta afastada terá mantidos os seus direitos.

Fonte: Rede Brasil Atual

 

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