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Sem PLR, vigilantes falam em greve em São Bernardo do Campo (SP)

20 Jun

Trabalhadores terceirizados que fazem vigilância dos prédios públicos de São Bernardo entraram em estado de greve e prometem cruzar os braços a partir do dia 27 caso não seja efetuado pagamento de PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Empresa responsável pela proteção dos equipamentos municipais, a Skill Segurança Patrimonial afirmou à categoria que é incerto assegurar o pagamento porque o governo do prefeito Luiz Marinho (PT) não paga com regularidade pelo serviço feito desde o ano passado.

O Sindicato dos Seguranças e Vigilantes de São Bernardo informou que metade da PLR, de um total de R$ 1.300 em média para os 450 colaboradores contratados, não foi quitada no dia 20 de maio, conforme combinado com a empresa. E que não há garantias de que a outra parte seja depositada na segunda-feira, seguindo acordo preestabelecido. O estado de greve foi aprovado em assembleia na noite de quarta-feira. No dia 24, nova reunião foi agendada, com possibilidade de decretação de paralisação geral.

Ainda de acordo com o Sindicato dos Seguranças e Vigilantes de São Bernardo, diretores da Skill relataram que o governo Marinho não paga o realinhamento de contrato e que, por isso, opera no vermelho. Integrantes do alto escalão da gestão petista, representantes da empresa e dirigentes sindicais se reuniram para tentar solucionar o impasse, mas não há prazo para o acerto.

Contratada pela Prefeitura por estratégia de gestão para tirar o serviço de vigilância da GCM (Guarda Civil Municipal), a Skill já recebeu R$ 53,3 milhões neste período – média é de R$ 15 milhões ao ano, o que representa metade de todo Orçamento da Secretaria de Segurança Urbana. Segundo o Portal da Transparência mantido pela Prefeitura de São Bernardo, o último depósito foi confirmado no dia 25 de maio, de R$ 135,1 mil. O serviço envolve principalmente prédios da Saúde e da Educação.

A Skill é presidida por Luiz Carlos Delben Leite, ex-presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) em 1993 e ex-secretário paulista de Assistência e Desenvolvimento Social em 2010. Procurado ontem pela equipe do Diário, Delben disse estar em reunião e não mais atendeu os telefonemas.

Em 2012, a empresa doou R$ 25 mil para campanha de Luiz Marinho à reeleição. A companhia atua em São Bernardo há 15 anos ininterruptos. A administração petista não se manifestou sobre a possibilidade de greve. 

Fonte: Diário do Grande ABC

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