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Cunha impõe transmissão parcial à sociedade do momento histórico

14 Abr

Eduardo Cunha vem tratando a Câmara dos Deputados como o quintal da própria casa. Comandos arbitrários e autoritários ditam o que pode ou não, quando e como ser feito dentro do espaço público que, em tese, deveria representar a totalidade da população brasileira. O exemplo mais recente desse comportamento nocivo à democracia é o ato que impõe uma restrição sem precedentes da cobertura jornalística da votação do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, neste domingo (17).

Menos de 20 credenciais especiais foram distribuídas sem nenhum critério público definido para a cobertura jornalística no plenário da Câmara, além de outras 20 para repórteres-fotográficos. Não foram divulgados quais veículos terão acesso livre ao espaço que promoverá um dos mais importantes momentos históricos do Brasil. Entretanto, pelo perfil de Cunha e levando em consideração suas ações desde a posse como presidente da Câmara, sabe-se que somente a mídia comercial e favorável ao golpe e a parlamentar (TV Câmara), que está sob suas ordens, entrará no rol das “escolhidas” do deputado.

“Temos uma situação de crise política e divisão do país. O jornalismo tem papel fundamental neste momento. E a garantia à informação passa por ter o maior número possível de abordagens e perspectiva fazendo esta cobertura jornalística, sem, é claro, deixar de respeitar os princípios éticos e o equilíbrio necessário à produção noticiosa. Ao restringir a cobertura, perde a sociedade, que não poderá ter a presença in loco desta variedade de abordagens no dia da votação (do impeachment)”, avalia o coordenador geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF, Jonas Valente.

A restrição de Cunha comprova que o serviço de interesse público que deveria ser prestado pela mídia é totalmente desconsiderado e perde espaço para “jogos” político-partidários impostos, muitas vezes, com manipulações, seletividade e elitização das informações e até inverdades. O resultado disso é a desinformação e a alienação da maior parte da sociedade brasileira, que vê uma realidade parcial, sem abordagens e defesa de seus reais interesses. Assim, boatos tornam-se verdades já que a população está impedida de ouvir várias vozes e fatos e de tirar suas próprias conclusões, critica Marcos Junio, secretário de Comunicação da CUT Brasília.

Fonte: CUT Brasília

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