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Em resposta aos desmandos dos patrões, vigilantes de carro-forte de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte paralisam atividades

01 Abr

Em resposta aos desmandos dos patrões, vigilantes de carro-forte de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte paralisam atividades

Vigilantes de transporte de valores de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte se uniram para enfrentar os gigantes do Transporte de Valores Brinks, Preserve, Prosegur e Servisan. Em conjunto, os trabalhadores das empresas dos quatro Estados cruzaram os braços nesta quarta-feira (1º) para reivindicar a inclusão da jornada semanal de 44 horas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O protesto faz parte das negociações da Campanha Salarial da categoria.

                Atualmente, os trabalhadores sofrem com jornadas exaustivas, que chegam até a 15 horas diárias. Não bastasse isso, é comum os patrões se negarem a pagar horas-extras e obrigarem os empregados fazer compensação utilizando o banco de horas.

                A insatisfação dos vigilantes com esta realidade pôde ser vista na adesão ao movimento. Em todos os Estados, 100% dos trabalhadores se uniram aos sindicatos para reivindicar mais respeito e redução da jornada de trabalho.

                Em Recife (PE), o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Pernambuco, José Inácio Cassiano de Souza, afirmou que os advogados que representam os sindicatos já receberam ligações dos patrões e que nas próximas horas devem ter algum direcionamento para a categoria. “Paramos tudo! Em Recife e Petrolina estamos 100% paralisados, em Caruaru 60%. Isso demonstra a capacidade de luta e mobilização dos companheiros, além da revolta com as empresas”, destacou Souza. A região é atendida pela Brinks, Prosegur, Preserve e Corpus.

                Em Maceió (AL), empregados da Brinks, Preserve e Prosegur se concentraram na Rua Cabo Reis, no Bairro do Prado, onde fica localizada a sede da Prosegur. O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Alagoas e secretário de Transporte de Valores da CNTV, José Cícero Ferreira, assegurou que a categoria aderiu em peso à paralisação.

“Os vigilantes alagoanos estão mostrando que têm consciência de que a luta é feita por todos. Arriscamos nossa vida e os empresários não nos respeitam. O nordeste está unido contra essas empresas que não querem cumprir com as obrigações trabalhistas”, destacou Ferreira.

Também em Natal a categoria “se doou à luta”, afirmou o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Transporte de Valores do Rio Grande do Norte (Sindforte-RN), Tertuliano Santiago. A triste realidade da jornada exaustiva também atinge os trabalhadores da Brinks, Preserve e Prosegur do RN, “por isso a adesão é total. Os vigilantes abraçaram a causa e agora vamos para o enfrentamento”, afirmou Santiago.

                “Queremos que o patrão sente e negocie de verdade, sem descaso com a categoria, com a unidade. O que eles estão fazendo conosco é desrespeito!”, denunciou.

                Segundo a assessora jurídica do Sindicato de Transporte de Valores da Paraíba, Dra. Marília Burity, empregados da Brinks, Preserve, Prosegur e Servisan estão unidos e firmes na paralisação, mesmo com as constantes ameaças de demissões vindo dos patrões. “Os funcionários da Preserve, por exemplo, estão eufóricos desde as 5 da manhã. A pressão está muito grande e prova como a categoria é forte”, avaliou.

                A expectativa dos vigilantes e dos sindicatos que estão nesta luta é que até o final do dia os patrões apontem algum caminho para negociação.

Fonte: CNTV

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