É greve! Vigilantes do DF cruzam os braços em resposta ao desrespeito dos patrões
22 Jan
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Os vigilantes do Distrito Federal (DF) decretaram greve por tempo indeterminado. Milhares de trabalhadores decidiram, em assembleia realizada nesta quarta-feira (21), na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul, paralisar as atividades até que os patrões apresentem uma proposta decente. Eles rejeitaram o reajuste salarial de 7% e reafirmaram a disposição para continuar na luta até conquistarem avanços reais.
Já na noite de quarta-feira, depois de decretada a greve, os vigilantes deixaram seus postos de trabalho, unindo-se ao movimento. Agências bancárias, hospitais e outros estabelecimentos que dependem de segurança privada para funcionar já estão com o funcionamento comprometido.
Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF), Jervalino Bispo, a mobilização tende a crescer ainda mais nos próximos dias. “Estamos no primeiro dia de greve e já podemos ver a disposição dos companheiros. Os vigilantes têm consciência da importância da unidade também neste momento e estão juntos para arrancar dos patrões reajuste salarial e outros pontos importantes da pauta”, assegurou.
Nova audiência está marcada para a tarde de hoje, no Ministério Público do Trabalho (MPT) na tentativa de chegar a um acordo com os patrões. Para Bispo, o que tem impedido o avanço nas negociações, além das cláusulas financeiras, é a tentativa dos empresários de incluir na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) o vigilante horista. “Nós já rejeitamos a possibilidade de incluir o horista. Isto fere a profissão, rebaixa os salários e aumenta o estresse dos companheiros”, afirmou.
Além disto, querem retirar a estabilidade provisória para aqueles que voltam de afastamento pelo INSS. “O que eles querem é retrocesso, e nós só negociamos para avançar. Sem avanço, a greve continua”, garantiu Bispo.
Pauta de reivindicações
Fazem parte da pauta de reivindicações o reajuste salarial de 15%, vale-alimentação R$ 30 (atualmente é de R$ 23), auxílio-saúde de R$ 150 (atualmente é de R$ 85) e a manutenção das demais cláusulas sociais. A última proposta feita a categoria ofereceu reajuste salarial de R$ 7%, vale-alimentação de R$ 25 e auxílio-saúde de R$ 100.
Fonte: CNTV