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Roubo de carga no RJ cresce 154%, diz ISP; vigilante morreu nesta quinta

13 Dez

Roubo de carga no RJ cresce 154%, diz ISP; vigilante morreu nesta quinta
Policiais da Divisão de Homicídios estiveram no local do crime e fizeram perícia (Foto: Reprodução/TV Globo)

A Polícia Civil investiga o assassinato de um vigilante que fazia a escolta de uma carreta de eletrônicos, durante a madrugada desta quinta-feira (11), na Via Dutra, na altura do Jardim América, no Rio de Janeiro. Na parte da tarde, o motorista da carreta prestou depoimento e disse que o crime foi cometido por quatro homens armados de fuzis. Outros dois policiais militares e um agente da rodovia também foram ouvidos. De janeiro a outubro deste ano, o número de roubos de cargas na região aumentou 154% em relação ao mesmo período no ano passado, segundo o Instituto de Segurança Pública.
 
A ação dos suspeitos foi na altura do 163 da via no sentido Rio de Janeiro. Os criminosos  renderam o motorista de uma carreta que transportava produtos eletrônicos e os vigilantes da escolta que acompanhava o veículo trocaram tiros com os bandidos. José Paulo dos Santos, 42 anos, que dirigia o carro da escolta, levou um tiro no peito e morreu na hora. O vigilante que estava na carona também foi ferido e socorrido no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio. O carro da escolta foi rebocado no começo da manhã e o congestionamento na via Dutra chegou a 25 quilômetros.
 
Segundo o delegado da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, a suspeita inicial é de traficantes vindo do Morro da Pedreira para assaltar esses caminhões de roubo de carga.
 
A região onde o caminhão foi atacado é considerada uma das mais perigosas da cidade, por causa dos roubos de cargas, que são frequentes, e também assaltos a pedestres. Os funcionários da área dizem que, dependendo do horário, os carros só saem das empresas em comboio, por questão de segurança, e todas elas são monitoradas por câmeras. A polícia pediu imagens do momento do roubo, para ajudar nas investigaçōes.
 
Sobre os assaltos na região da Pavuna, o comando do 41 BPM disse que tem ouvido os moradores no planejamento do policiamento da área e que tem trabalhado em conjunto com a Polícia Civil para tentar diminuir o número de roubos de cargas.
 
Por volta das 6h35 desta quinta, policiais da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense  faziam o trabalho de perícia no carro. Neste horário, uma faixa da rodovia ficou parcialmente interditada ao tráfego. Os motoristas que passavam pela região encontraram trânsito lento.
 
Às 10h30, o corpo de José Paulo dos Passos estava no Instituto Médico Legal (IML) do Centro, onde passava pela necrópsia.
 
Fonte: G1
 
Fala CNTV
Em ofício encaminhado à Coordenadoria Geral Central de Segurança Privada (CGCSP) do Departamento de Polícia Federal (DPF) no dia 4 de dezembro, a Confederação Nacional dos Vigilantes relembra as solicitações de especial atenção à insegurança com que os vigilantes de escolta armada convivem diariamente, resultado do descumprimento e descompromisso de empresas.
 
Falta de fornecimento de equipamentos de proteção (inclusive com coletes vencidos e munição recarregada); equipes com apenas dois vigilantes, em média (mesmo em escoltas de cargas valiosas); uso de armamento 38 com pouca munição, quando a norma prevê a utilização de pistola; jornadas e trabalho exaustivas e péssimas condições de descanso. Esses são alguns dos problemas enfrentados pelos trabalhadores, que trabalham lado a lado com o descaso dos patrões.
 
A CNTV, consciente de que os processos punitivos julgados na Comissão Consultiva para Assuntos da Segurança Privada (CCASP) têm efeito, reforça a necessidade fundamental de prevenir e atualizar o formato deste serviço, condizendo com a realidade brasileira dos novos tempos.
 
Tendo em vista que mais de 30 vigilantes perderam a vida em 2013 - vítimas da falta de profissionalismo e de qualquer cuidado com a vida dos trabalhadores, postura comum entre os patrões -, a CNTV propõe algumas medidas:
- veículos com quatro portas, blindados e com, no mínimo, duas mil cilindradas;
- uso de pistola, escopeta e munição suficiente para defesa;
- limitação das jornadas de trabalho e fixação obrigatória de intervalo para descanso entre as operações de escolta;
- reunião especial da CCASP para debater e aperfeiçoar essas sugestões.
 
Lamentamos a morte do companheiro José Paulo dos Passos, 42 anos, e continuaremos lutando para que outros trabalhadores não se tornem vítimas da audácia dos bandidos e do descompromisso com a vida dos patrões.
 

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