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Ataque a caixa eletrônico diminui no estado de São Paulo

04 Dez

Ataque a caixa eletrônico diminui no estado de São Paulo

Ataques a caixas eletrônicos são delitos crônicos em São Paulo: quase todos os dias, algum caixa é alvo de furto ou roubo no estado. Com exclusividade ao Diário, o delegado Ruy Ferraz Fontes, chefe da Divisão de Patrimônio do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) afirmou que, de 1º de janeiro até 21 de novembro, 355 caixas foram atacados (na capital e na Grande São Paulo foram 92 casos).

Os crimes, entre furtos e roubos - comuns, quando funcionários são rendidos, e impróprios, quando há troca de tiros com a polícia -, geram o arrombamento de 1,09 caixa por dia. “Na capital e na região metropolitana, foram reportados a nós 64 casos de furtos e 28 de roubos. Há possibilidade de haver mais ataques, até porque não existem limites para os criminosos”, enfatizou.

Em todo o ano passado, foram 544 casos de explosões - uma média de 1,49 caixa destruído por dia.

Atuando sempre de madrugada, quadrilhas formadas por, em média, dez homens usam explosivos, metralhadoras e fuzis e levam 10 minutos na ação - antes, os ladrões levavam mais de duas horas.

De acordo com o delegado, em 99% dos casos os bandidos usam bisnagas de emulsão, que são vendidas em pedreiras.

“É um produto barato. O explosivo abre o caixa em 10 minutos, o que não acontecia com o maçarico. Mesmo assim, não aumentou a quantidade de ataques, só mudou o método.”

De janeiro até novembro, a polícia já desmantelou dez quadrilhas especializadas e prendeu 65 pessoas. Mesmo com a maioria dos casos sendo de tentativa de furto e sem prisões em flagrante, o Deic não soube dizer quantos tipos desse delito estão sob investigação.

Tinta Rosa / Despejada nas notas quando um terminal eletrônico é arrombado, a tinta inutiliza a nota. mesmo assim, é um método caro para os bancos, segundo fontes. “Existem outros métodos como bolhas de fumaça emitidas pelo sistema de segurança, em que os ladrões perdem o campo de visão”, explicou o delegado.

Em 2011, quadrilhas descobriram um solvente que removia as manchas rosas das cédulas sem danificas as notas. Atualmente, o Deic desconhece outros métodos. “Eles não sofisticaram e não conseguiram outros meios.” A descoberta foi feita pelo Deic durante a Operação Caixa-Preta, que prendeu mais de 30 pessoas, inclusive policiais militares que davam cobertura às quadrilhas. O delegado do Deic não revelou se, atualmente, há PMs envolvidos nos assaltos.

 

Violência nos bancos aumenta, dizem vigilantes

Sindicalistas atribuem à falta de guardas 24 horas o crescimento nas ocorrências gerais de 2013 para cá. Federação dos bancos discorda

O último levantamento da CNTV (Confederação Nacional dos Vigilantes e Prestação de Serviço) aponta que, no primeiro semestre de 2014, houve um aumento de ataques a bancos (que inclui assalto de qualquer natureza) em relação ao mesmo período do ano passado: foram 403 registros em 2014 contra 334 no ano passado. Os dados fazem parte da 7ª Pesquisa Nacional de Ataques a Banco, da CNTV.

Para o presidente da CNTV, José Boaventura Santos, há um efeito facilitador, por parte dos bancos, em estimular os ataques aos caixas. Parte disse se deve à retirada dos vigilantes em tempo integral das agências bancárias.

“Mais de 80% das agências não possui vigilância 24h. Só se restringe ao tempo de funcionamento. A própria possibilidade do vigilante em ajudar e combater isso deixa de ser algo essencial porque ele está fora do banco”, disse.

Santos também criticou a falta de estrutura adotada pelos bancos para evitar os ataques, que são constantes em todo o país. “Os bancos não têm se interessado em buscar alternativas concretas. O que nós vemos são experiências pontuais, como fumaça e tinta rosa para manchar o dinheiro. Mas isso não inibe os bandidos”.

Bancos / Em nota, a Febraban (Federação Nacional dos Bancos) diz que atua em parceria com as polícias Civil, Militar e Federal e com o Poder Judiciário, e “colabora nas investigações dando todo o suporte para as autoridades”. Ainda segundo a federação, entre 2003  e 2013, os bancos investiram R$ 9 bilhões em segurança física.

 
Fonte: Diário de S. Paulo

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