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Negociação agora é sobre igualdade de oportunidades e segurança

26 Ago

Acontecem nesta terça e quarta-feira as rodadas de negociação da Campanha Nacional dos Bancários. Os temas são muito caros à categoria: igualdade de oportunidades e segurança bancária. Na rodada anterior (a primeira), sobre emprego, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi dura, mostrando que este ano será mais do que necessária a pressão dos bancários.
É fundamental avançar nas questões que têm como objetivo acabar com a discriminação e a falta de segurança nos bancos. Segundo dados da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) do Dieese, divulgada na última sexta-feira (22) pela Contraf-CUT, as mulheres, que representam metade da categoria, permanecem sendo discriminadas pelos bancos na sua remuneração. Ganham menos que os homens quando são contratadas. Essa desigualdade segue ao longo da carreira.
Enquanto a média dos salários dos homens na admissão foi de R$ 3.756,96, a remuneração das mulheres ficou em R$ 2.829,77, ou 75,3% da remuneração dos homens. Já a média dos salários dos homens no momento da demissão foi de R$ 6.000,16, enquanto a das mulheres de R$ 4.386,33. Isso mostra que o salário médio das mulheres na dispensa é 73,1% da remuneração dos homens. Para a presidente do Sindicato, Adriana Nalesso, os dados comprovam a existência de uma discriminação absurda. "Como nos anos anteriores, vamos lutar pela aprovação de cláusulas da convenção que eliminem este tratamento desigual presente na contratação e na ascensão profissional", afirmou.
Descaso com a segurança
Outro assunto importante a ser negociado nestas duas rodadas são reivindicações sobre segurança, mais uma área em que os banqueiros agem com descaso. Conforme estudo feito pelo Dieese com base nos balanços publicados do primeiro semestre de 2014, os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, BB, Caixa e Santander) lucraram R$ 28,3 bilhões, mas aplicaram apenas R$ 2,4 bilhões em despesas com segurança e vigilância. Na comparação com o lucro, os gastos com segurança representam uma média de 8,6%.
O investimento no setor foi baixo e, como consequência, aumentaram os ataques a bancos. Segundo a 7ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, foram 1.693 ocorrências em todo país no primeiro semestre de 2014, uma média assustadora de nove casos por dia, um crescimento de 9,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Desses, 403 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 1.290 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. No primeiro semestre de 2013, foram registrados 1.552 ataques, sendo 433 assaltos e 1.119 arrombamentos.
A pesquisa foi elaborada pela Contraf-CUT, Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Federação dos Vigilantes do Paraná (Fetravisp), com apoio do Dieese.
Para melhorar a segurança os bancários defendem, entre outros itens, porta giratória com detector de metais antes da sala de autoatendimento, vidros blindados nas fachadas, câmeras em todos os espaços de circulação dos clientes, biombos ou tapumes entre a fila de espera e a bateria de caixas, divisórias individualizadas entre caixas, inclusive eletrônicos e o fim da guarda de chaves e do transporte de valores por bancários, além de atendimento médico e psicológico para funcionários e clientes vítimas de assaltos, sequestros e extorsões.

Fonte: SEEB/RJ

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