Trabalhadores que fazem segurança de transporte de valores e escolta armada ameaçam cruzar os braços. Em assembleia geral realizada na última sexta-feira, a categoria decidiu iniciar uma paralisação na frente de cada uma das empresas que atuam em Belém, em horários e dias separados. Eles preferem não revelar o horário e o local de cada ato, para que haja efeito surpresa. São quatro empresas que prestam esse tipo e serviço na capital paraense, sendo que três são de maior porte e nelas estão concentradas as ações do sindicato dos trabalhadores. Como causa da insatisfação, eles dizem que os empregadores não atenderam às principais reivindicações dos empregados durante as negociações pela data base.

De acordo com Jonh Carvalho de Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Carros Fortes, Transporte de Valores e Escolta Armada do Estado do Pará (Sindforte), a categoria quer 10% de reajuste salarial, o que inclui a inflação do período e mais 5% de ganho real. Mas, as empresas só estariam dispostas a conceder 1,74% de ganho real. Além disso, os trabalhadores lutam pelo tíquete de alimentação no valor de R$ 600. Atualmente, o valor do tíquete é R$ 420. Os empregadores estariam dispostos a aumentar o valor do tíquete para R$ 450.

O plano de saúde dos trabalhadores da área de segurança de transporte de valores e escolta armada permite a inclusão de três dependentes, sendo que um dependente foi incluído recentemente em acordo. Porém, os trabalhadores querem também a inclusão de mais um dependendo, enquanto que os empregadores só estariam dispostos a pagar 50% do custo adicional que isso traria.

"Essa paralisação é para surtir efeito, porque a negociação não está fechada, mas as empresas deram indicação de que não avançaria", observa John Carvalho de Souza. Segundo ele, 1.200 homens fazem parte da categoria em todo o Pará. As paralisações vão começçar por Belém. "Mas vai surtir o efeito dominó e deve se estender ao restante do Estado", avalia.