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Seguranças da Copa farão especialização

25 Out

Os seguranças que trabalharão dentro dos estádios da Copa de 2014 terão treinamento para lidar com situações de racismo, xenofobia e problemas com hooligans.

Esses são alguns tópicos que a Polícia Federal estuda exigir dos agentes privados que atuarão no Mundial.

Eles serão responsáveis pelo esquema de segurança no interior das arenas, sob o comando da Fifa. A estimativa é de que 25 mil agentes atuem dentro dos estádios.

As polícias brasileiras e outras corporações concentrarão esforços na segurança fora dos campos de jogo -só poderão intervir nas arenas caso entendam que a segurança não está garantida ou se a Fifa pedir apoio.

Mesmo sendo privada, a segurança nos estádios vai ser regulamentada pela Polícia Federal. A Folha teve acesso à minuta da portaria que vai regulamentar essa atividade e que valerá para o Mundial em 2014.

Pelo documento, os vigilantes que atuarão em grandes eventos deverão passar por curso de especialização.

A ideia é que sejam treinados para evitar tumultos nas torcidas, que, por reunirem pessoas de 32 países, são muito diferentes daquelas que acompanham um tradicional clássico do futebol brasileiro. Para isso, os agentes deverão identificar a "psicologia básica" a ser usada para controlar multidões, além de aprender técnicas de imobilização e uso progressivo da força.

Outro ponto é evitar problemas com racismo, homofobia e xenofobia entre os torcedores -haverá concentração de espectadores de diferentes países e etnias.

Haverá ainda uma discussão específica sobre hooligans, uma das das preocupações da Polícia Federal.

O curso deverá ter 50 horas e, no mínimo, cinco dias de aulas. Pela portaria, os grandes eventos serão aqueles para acima de 3.000 pessoas.

Assim, o documento abre brecha para que a segurança privada atue não só nos jogos da Copa, mas também nas "Fan Fest" feitas pela Fifa.

HISTÓRICO

A segurança privada gerou problema nas últimas edições da Copa e da Olimpíada.

Em Londres-12, militares foram convocados às vésperas dos Jogos porque a empresa contratada para preparar os agentes não conseguiu treinar os 13.700 trabalhadores. Na Copa-10, na África do Sul, a polícia local assumiu a segurança após agentes privados entrarem em greve.

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