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Termina greve dos bancários de Niterói

26 Set

Os bancários de Niterói e região aprovaram o fim da greve nos 16 municípios que compõem a base do Sindicato. A proposta apresentada nesta terça-feira pela Fenaban e as negociações específicas com os bancos públicos foram aprovadas pelos bancários durante assembleia realizada na noite desta quarta-feira, 26. As proposições englobam 7,5% (aumento real de 2.02%) de reajuste salarial, 8,5% (ganho real de 2,95%) no piso salarial e tíquetes alimentação, 10% no valor fixo da regra básica e no limite da parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A greve se encerrou após nove dias de paralisações nas cerca de 220 agências da base territorial da entidade. Este é o nono ano consecutivo que a categoria conquista aumento real no salário.

Mais de nove mil agências bancárias foram fechadas em todo país. A força da mobilização da categoria forçou a Fenaban, entidade que representa os bancos, a puxar uma nova rodada de negociações. Em Niterói, os bancos tentaram na Justiça proibir a greve através do instrumento jurídico do interdito proibitório, mas que não foi concedido pela Justiça do Trabalho que reconheceu como legítima a reivindicação da categoria.

Numa avaliação rápida da mobilização, o presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói e região considerou vitorioso o movimento. “Temos que permanecer unidos. Nossa greve foi legítima, ordeira e pacífica. A população ficou ao nosso lado e mais uma vez nossa categoria mostrou força e união e conseguimos fechar 100% de nossa base. Parabéns aos bancários por mais essa conquista. Continuamos na luta”, disse Fabiano Paulo da Silva Júnior.

As votações ocorreram em separados. Os funcionários dos bancos privados aprovaram os índices por unanimidade. Já Banco do Brasil e Caixa Econômica, por ampla maioria dos votos. Com o resultado, os bancos voltam a funcionar normalmente nesta quinta-feira, 27.

As principais cláusulas econômicas da Convenção Coletiva dos Bancários, que está completando 20 anos em 2012, ficariam assim:

Reajuste - 7,5% (aumento real de 2,02% pelo INPC).

Piso - R$ 1.519 (reajuste de 8,5%, o que significa 2,95% de ganho real).

Piso de Caixa - R$ 2.056,89 (reajuste de 8,24%, o que representa 2,70% de aumento real), incluindo as verbas de caixa.

Auxílio-refeição - R$ 472,15 por mês (R$ 21,46 por dia), o que representa reajuste de 8,5%.

Cesta-alimentação e 13ª cesta-alimentação - R$ 367,90 (reajuste de 8,5%).

PLR - Regra básica: 90% do salário mais R$ 1.540 fixos (reajuste de 10%), com teto de R$ 8.414,34. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados para 2,2 salários, com teto de R$ 18.511,54.

PLR adicional - 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 3.080 (reajuste de 10%).

Antecipação da PLR - 54% do salário mais valor fixo de R$ 924,00, com teto de R$ 5.048,60 e parcela adicional de 2% do lucro líquido do primeiro semestre distribuído linearmente, com teto de R$ 1.540,00.

A antecipação da PLR será paga até dez dias após a assinatura da Convenção Coletiva e a segunda parte até 1º de março de 2013.

Avanços sociais

No tema saúde dos trabalhadores, a Fenaban aceitou a reivindicação de que os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica sejam mantidos pelos bancos até que seja regularizada a situação junto ao INSS. Há inúmeros casos em que o trabalhador recebe a alta programada do INSS, mas acaba sendo considerado inapto no exame de retorno ao trabalho realizado pelos bancos, ficando sem benefício do INSS e sem salário.

A Fenaban também assumiu o compromisso com a proposta do Comando de fazer um projeto-piloto para experimentar medidas defendidas pelos bancários e vigilantes para a melhoria da segurança nos bancos, como portas de segurança, biombos entre a fila e os caixas, e divisórias entre os caixas, inclusive os eletrônicos, dentre outras demandas.

A Fenaban indicou as cidades de Recife, Olinda e Jaboatão para a realização do projeto-piloto, com participação e acompanhamento dos bancários nas etapas.

Os bancos aceitaram ainda a proposta do Comando de realizar um novo censo na categoria para verificar questões como gênero e raça, na perspectiva da igualdade de oportunidades, nos moldes do Mapa da Diversidade, feito em 2008.

Não desconto dos dias parados

Em relação aos dias de greve, a Fenaban propôs a manutenção da regra de compensação dos dias parados até 15 de dezembro deste ano, nos mesmos moldes da convenção coletiva do ano passado.

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