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Violência aumenta exército de vigilantes

21 Ago

A violência está aumentando o número de vigilantes particulares no Pará. Atualmente, há 14 mil trabalhadores, devidamente legalizados, em atividade no Estado. Para se ter uma ideia, o efetivo da Polícia Militar, que está presente em todos os municípios paraenses, gira em torno de 15 mil homens (no serviço operacional e administrativo). Mas, considerando os que atuam na ilegalidade, o exército de vigilantes ultrapassa, e muito, o contigente de policiais militares. "É difícil definir a quantidade exata pela dimensão do Estado. Mas trabalhamos com a estimativa de um vigilante clandestino para cada vigilante legal", diz o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Pará (Sindivipa), Juber Lopes.

Ao contratar esse trabalhador, os cidadãos querem proteção pessoal e, em segundo lugar, proteger seu patrimônio. "O vigilante que está na portaria de uma empresa, por exemplo, está ali para cumprir rigorosamente uma lista de determinações do contratante. Caso descumpra alguma ordem, é solicitada a troca do profissional à empresa de vigilância. E isto visa dar segurança a quem trabalha no local, através de um rigoroso controle de acesso durante o dia, e atenção total a todas as instalações durante a noite, com rondas constantes na área sob os cuidados da segurança. Esta visa não só coibir roubos, mas também detectar um incêndio, por exemplo", afirma.

Esse aumento no número de vigilantes, aliás, tem duas vertentes, diz o presidente do Sindivipa. Ele afirma que a vigilância privada legalizada tem aumentado nos grandes projetos que estão sendo implantados ou ampliados no Estado - como a usina de Belo Monte, em Altamira, que já contratou, nesta primeira fase, 380 profissionais -, agroindústrias de dendê e a mineração, por exemplo. E há pequenas empresas, comércios e pessoas físicas, residências principalmente, recorrendo à vigilância eletrônica e à vigilância clandestina.

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