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Cabo baleado em assalto estava fazendo bico de segurança, diz PM

25 Jul

Agente pode ser punido com advertência ou até ser expulso da corporação.
Portaria de 2010 proíbe a atividade de segurança privada para policiais.
A Corregedoria da Polícia Militar informou nesta terça-feira (24) que há indícios de que o cabo Mário César Dias estava trabalhando irregularmente como segurança de um supermercado de São Sebastião quando foi baleado durante um assalto, nesta segunda (23).

A equipe de inteligência da corporação visitou o estabelecimento comercial após o crime e uma sindicância foi aberta para apurar o caso. "O policial militar está em férias e está claro que ele executava serviço de transporte de valores para um supermercado de São Sebastião há sete meses, o que é proibido pelas normas internas", afirmou o corregedor-geral da PM, Cel. Paulo Roberto Oliveira.

A atividade de segurança privada para policiais é proibida por uma portaria de 2010. Os agentes da PM são liberados apenas para trabalhos ligados ao ensino ou instrução militar.

O corregedor disse ainda que, após a sindicância, o policial pode ser punido com advertência, prisão disciplinar ou até mesmo expulsão dos quadros da corporação.

De acordo com Oliveira, por ter se ferido fora de serviço e em uma atividade vetada pelas normas da polícia, o cabo Dias não tem direito a benefícios previdenciários no período em que estiver em recuperação.

O empresário deve entender que ele deve contratar segurança privada para exercer esse serviço. A Polícia Militar trabalha para toda comunidade."
Cel. Paulo Roberto Oliveira,
corregedor-geral da PMDF
De novembro do ano passado até este mês, a Corregedoria da PM abriu 12 sindicâncias para apurar a conduta de policiais que trabalham irregularmente como seguranças. Em nenhum deles o corregedor-geral recomendou expulsão dos quadros da corporação, apenas prisão disciplinar.

Em entrevista ao DFTV, Oliveira avaliou que o número de agentes da corporação fazendo "bico" é baixo e disse que a PM tem conseguido fiscalizar esse tipo de desvio de conduta.

"O empresário deve entender que ele deve contratar segurança privada para exercer esse serviço. A Polícia Militar trabalha para toda comunidade, e nós temos cobrado dos comandantes de unidades que acompanhe seus policiais nos seus horários de folga", disse Oliveira.

Para o Ministério Público do DF, a quantidade de agentes da PM que trabalham irregularmente como seguranças é maior e falta fiscalização por parte da própria corporação.

"Dependendo da escala de serviço e dependendo do policial militar, a gente verifica que o policial se dedica mais ao trabalho externo do que a sua função policial", afirmou o promotor Paulo Gomes de Sousa ao DFTV.

Cabo já foi investigado pela PM
Essa não é a primeira vez que o cabo Dias é investigado pela Corregedoria da PM. Em 2010 ele emprestou uma arma da Secretaria de Segurança para um colega, que tentou matar outra pessoa.

No mesmo ano, o cabo se envolveu em uma briga em São Sebastião e deu um disparo para o alto. Nesse caso, a conduta dele está sendo investigada pela Justiça comum porque ele estava fora de serviço na hora do incidente.

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