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Greve de vigilantes vai atingir bancos, hospitais, comércio e serviços públicos

08 Mar

Reivindicando aumento de salário e direito a plano de saúde, todos os vigilantes de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito e Maricá entrarão em greve, por tempo indeterminado, no dia 12 de março. Em assembleia realizada, na noite da última terça-feira, dirigentes sindicais das 15 entidades representativas no estado decidiram pela paralisação total.

A decisão pela greve ocorreu após os representantes do sindicato dos vigilantes tentarem por duas vezes marcar reuniões agendadas pelo Ministério do Trabalho para negociação com o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Rio de Janeiro (Sindesp-RJ). De acordo com o sindicato dos vigilantes, os representantes das empresas não compareceram em nenhuma audiência.

“Nós reivindicamos questões básicas como aumento salarial e direito a plano de saúde. A pressão e o estresse do trabalho é muito grande, principalmente os vigilantes de bancos. O salário atual da categoria é de R$ 864,00. Apenas o oitavo do país. E se o trabalhador ficar doente, tem que ir pro Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Estamos tentando conversar mas eles estão irredutíveis. A preocupação deles é exclusivamente com o custo. Não estão nos tratando como seres humanos e sim como mercadoria”, disse o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, Cláudio José.

Serviços afetados pela greve
A paralisação, por tempo indeterminado, irá afetar diversas áreas do município que dispõe do serviço de vigilância particular, como todos bancos, centros comerciais como o Plaza Shopping, hospitais estaduais, estaleiros, barcas, Tribunal de Justiça, Receita Federal, Serviço Social do Comércio (Sesc) e a Universidade Federal Fluminense (UFF).

De acordo com o presidente Cláudio José, acontecerá, hoje, às 10h, em frente a Estação das Araribóia, Centro, uma panfletagem para informar a população da greve.

“Nossa intenção é ganhar o apoio da população para a nossa causa, explicando todas as nossas dificuldades. Nós já informamos as agências bancárias, shoppings e a polícia federal, através de ofício, com 72 horas de antecedência, de nossa paralisação. Como é previsto na legislação. Na segunda-feira (dia 12/03) nenhum profissional assumirá seu posto de trabalho até que os patrões decidam negociar. Esperamos contar com o apoio e a compreensão da população. A reivindicação é justa para quem trabalha sob forte pressão e risco iminente. Está será uma greve geral como nunca se tinha visto no Rio de Janeiro”, afirmou Cláudio, salientando que os vigilantes de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito e Maricá somam mais de 6 mil trabalhadores e, no estado, são, aproximadamente, 70 mil.

Os profissionais da área de segurança privada exigem reajuste salarial de 10%, mais reposição inflacionária do período, Plano de Saúde para vigilantes e dependentes, 30% do risco de vida, aumento do auxílio alimentação, que atualmente é de R$ 8,85, para R$ 16,50, e redução do desconto do auxílio alimentação de 20% para 5%.

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