Entidades reprovam retirada de portas giratórias dos bancos
10 Fev
A retirada das portas giratórias com detectores de metais em agências do banco Itaú Unibanco é mal vista pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV).
- Essa medida absurda, iniciada no ano passado por ocasião das reformas nas unidades do Itaú em cidades sem lei municipal que obrigue a instalação desse equipamento, aumenta a insegurança e o risco a que estão expostos trabalhadores e clientes - reclamou o diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.
Presidente da CNTV, José Boaventura Santos vê a medida como um retrocesso:
- Um atentado contra a vida dos funcionários e dos clientes.
Segundo a Contraf-CUT, dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelam queda acentuada das ocorrências após a colocação das portas giratórias, a partir do final da década de 1990.
- A retirada das portas pode aumentar os assaltos, na medida em que as quadrilhas vivem atacando as agências e postos de atendimento mais vulneráveis e inseguros - alerta Ademir Wiederkehr.
Para as confederações, as portas giratórias deveriam ser obrigatórias para todas as agências e postos de atendimento bancário em todo paÃs, sendo uma das propostas dos trabalhadores para o projeto de lei que cria o estatuto de segurança privada, que está em estudo no Ministério da Justiça, a partir de iniciativa da PolÃcia Federal.
A nota da Contraf-CUT diz que o banco Bradesco também está retirando portas giratórias de suas agências. Em nota, porém, a instituição financeira disse que “não tem como polÃtica a retirada das portas giratórias de sua rede de agências. O banco segue um plano de segurança próprio aprovado pela PolÃcia Federal.â€