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Bancários denunciam irresponsabilidade do Bradesco em Pernambuco

08 Fev

Funcionários que tomam conta de quatro Postos de Atendimento (PAAs) do Bradesco, em cidades diferentes. Espaços sem qualquer estrutura e nenhuma segurança. Trabalhadores que precisam largar seu posto para se deslocar até outro PAA e ajudar no abastecimento das máquinas. Trabalhadores com menos de cinco anos de banco tendo que tomar conta de postos nestas condições - muitos sem terem efetivada sua promoção. Eis alguns dos problemas encontrados pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco em sua viagem ao interior do estado, na última semana de janeiro.

Os maiores problemas foram encontrados pela dupla Adeílton Filho, secretário de Cultura, Esporte e Lazer do Sindicato e o diretor Gilvan Santana. Eles visitaram as cidades de Afogados da Ingazeira, Carnaúba, Flores, Iguaraci, Itapetim, São José do Egito, Serra Talhada, Sertânia, Tabira, Triunfo, Betânia e Tuparetama. E foram, pela primeira vez, nos municípios de Brejinho, Quixapá, Ingazeira e Santa Teresinha.

Encontraram todo tipo de problemas, especificamente nas agências e postos do Bradesco. "Em alguns lugares não tem água e nem condições de se usar o banheiro. Vimos um funcionário tomando conta de quatro PAAs, em cidades diferentes. Um absurdo!", denuncia Adeílton, que também levou as denúncias à Rádio Gazeta, que é sediada em São José do Egito e alcança 30 municípios da região.

Segundo Adeílton, a maioria dos que estão à frente dos PAAs tem poucos anos de banco e muitos continuam recebendo apenas como escriturários porque a promoção não foi efetivada. "Vimos funcionários tendo que largar seu posto e se deslocar a outra cidade para ajudar no abastecimento das máquinas de autoatendimento, que precisa ser feito com a presença de dois trabalhadores", conta o diretor.

Os problemas não se restringem aos postos nem às agências de pequeno porte. Na maioria dos municípios, faltam requisitos mínimos que garantam a segurança. O Sindicato já entrou em contato com o banco, que afirmou desconhecer esta realidade. "Estamos elaborando um relatório para ser entregue à diretoria do Bradesco", diz Adeílton.

Problema se repete

Situação semelhante foi encontrada pelos diretores Fábio Sales e Ronaldo Batista, que visitaram Afrânio, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Cabrobó, Salgueiro, Verdejante, Mirandiba, São José do Belmonte e Custódia. "Encontramos agências novas do Bradesco, como a de São José de Belmonte. Mas com segurança frágil: apenas um vigilante e sem portas com detector de metais. Nos PAAs, então, nem se fala: a estrutura é muito precária e um único funcionário precisa dar conta de tudo", relata Fábio Sales.

A dupla encontrou problemas, também, em outras instituições. No Banco do Brasil, os trabalhadores se queixaram das mudanças, com o fim do setor de compensação. "Eles reclamam que tudo passou a ser feito nas agências: o serviço aumentou e o número de funcionários é o mesmo", explica Fábio.

No Santander de Salgueiro, o problema é com as reformas, que já causaram acidentes com dois trabalhadores da empresa que executa as obras. Em Cabrobó, quem se queixa são os funcionários da Caixa. Lá, existe a perspectiva de inauguração de uma agência deste banco. Mas o processo ainda está em licitação e, enquanto isto, os bancários trabalham em uma "unidade temporária de atendimento", com estrutura precária.

Pressão e assédio

As viagens também mostraram cenários em que a pressão gera situações de assédio moral. A presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, o secretário-geral Fabiano Félix e o diretor Flávio Coelho visitaram as agências de Palmares, Catende e Água Preta. E constataram situações de assédio em uma das unidades.

Problemas à parte, todos os diretores foram calorosamente recebidos, em todos os municípios. "Mesmo em Palmares, onde existe outro sindicato, que é alvo de discussão judicial, muitos bancários preferem se sindicalizar conosco, porque percebem que somos mais representativos e que a unidade vai fortalecer a categoria", diz Jaqueline.

O outro grupo de diretores em caravana pelo interior foi Chico de Assis, Maria José Leódido e Marcílio Rosalvo. Eles foram para Agrestina, Altinho, Cupira, Panelas, Lagoa dos Gatos e São Joaquim do Monte. "Fomos muito bem recebidos e anotamos várias sugestões", diz Chico.

Fonte: Fabiana Coelho - Seec PE

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