Lojistas de Manaus estão contratando empresas de segurança, especializadas em transporte de valores, para resguardar seus bens (dinheiro, sobretudo) durante o período de greve dos bancários. Essa é a única opção segura em meio à greve que entra na terceira semana.

O presidente da Federação do Comércio do Estado do Amazonas (Fecomércio), José Roberto Tadros, disse que a contratação destas empresas é a única alternativa para lojistas varejistas que não podem, nem devem, abrigar em casa ou em suas lojas o montante arrecadado em dias de trabalho.

“O volume pago no cartão ou mesmo em cheque e até administrável, mas o dinheiro em espécie precisa ser transportado e guardado de maneira segura�.

As empresas que prestam serviço de transporte de valores, de acordo com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM), Ralph Assayag, levam o montante transportado até uma agência do Banco do Brasil, que funciona como Banco Central, para que lá o dinheiro seja depositado em bancos públicos ou privado.

Ralph disse que as agências bancárias que estão em funcionamento, mesmo durante a greve, não têm aceitado receber volume de pessoa física e jurídica e que o Ministério do Trabalho sugere que montantes iguais ou superiores a R$ 5 mil seja transportado via carro forte.

“Fazendo assim, o lojista não coloca em risco sua vida e nem a de seus colaboradores�.

Segundo ele, não há como dimensionar quantos lojistas têm optado pelo serviço, porém são empresas de grande e médio porte como redes, franquias, distribuidoras, postos de gasolinas, entre outros negócios.

O presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Gaitano Antonaccio, avalia que a situação não é bem a descrita por Tadros e Assayag.

“Na verdade, os lojistas continuam tendo contato com seus gerentes, por conta da relação que estabelecida no período anterior a greve�.

Segundo ele, a dificuldade maior deve estar sendo sentida pelos consumidores que estão tendo que equilibrar o modo de pagamento de suas contas em cartão, cheque ou dinheiro.