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Câmeras tomam lugar dos vigilantes em escolas de Manaus

05 Jul

Aproximadamente dois mil vigilantes que atuavam em 480 escolas da rede municipal de ensino correm o risco serem demitidos. Os vigilantes são funcionários de empresas terceirizadas e foram retirados das escolas, nas quais prestavam serviços, desde a última quinta-feira, 30, quando os contratos entre a Prefeitura de Manaus e as empresas Visam (Vigilância e Segurança da Amazônia) e SERV SAN (Vigilância e Transporte de Valores Ltda) venceram.

Pelo menos metade dos vigilantes nessa situação já está cumprindo aviso prévio, segundo informou o vigilante e presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Valderli Bernardo. Ele explicou que os vigilantes são funcionários da empresa SERV SAN e devem ser demitidos nos próximos dias 18 e 19. Segundo Valderli, foram os próprios trabalhadores que o procuraram, na última semana, para relatar a demissão.

De acordo com o presidente da CTB, a Prefeitura está substituindo a mão-de-obra humana por um sistema de monitoramento de câmeras. Ele afirma que além de ser um erro grave na segurança, manter apenas o sistema, é uma afronta à sociedade. Vanderli explica que a ausência de vigilantes nas escolas favorecerá a ação de roubos, furtos e depredações contra o patrimônio público, além de colocar em risco funcionários, alunos e professores.

“Com a falta de vigilantes qualquer pessoa poderá entrar e sair das escolas, até as que queiram fazer algum mal, como ocorreu no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro quando Wellington Menezes de Oliveira, 24, entrou na Escola municipal Tasso da Silveira e atirou contra os alunos. Treze estudantes foram atingidos e 11 morreramâ€, exemplificou.

A escola do Rio de Janeiro também tinha um sistema de segurança semelhante ao que a Prefeitura está implantando, mas não isso não impediu que o atirador entrasse e matasse as crianças. “Não tinha nenhum vigilante para impedir o atirador de caminhar na escola escolhendo as vítimas. Em Manaus vão abrir espaço para o mesmo?â€, questiona, completando que o sistema é uma ferramenta importante que ajuda na vigilância, mas não substitui a mão-de-obra humana. “A câmera não faz ronda, não vê nada além do alcance dela, não percebe atitudes suspeitas, isso só o ser humano faz“, disse

Uma professora da Escola Municipal Madre Tereza de Calcutá, na Zona Leste defende a permanência dos vigilantes e destaca que alunos e professores vivem um clima de insegurança desde que os vigilantes deixaram a escola. Ela não quis se identificar, mas deixou claro que área é perigosa e exige a presença de segurança particular.


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