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Policiais são presos em Natal por vender segurança a empresários

05 Jul

Doze PMs, entre eles um tenente coronel e um major, foram presos nesta segunda-feira (5) numa operação conjunta do Ministério Público e da própria Polícia Militar. Todos são acusados de fazer parte de um grupo que vendia segurança a empresários. Também foram presos três empresários que teriam contratado os serviços ilegais. Os PMs foram enquadrados em crimes de corrupção ativa e passiva e ainda vão responder por uso do cargo público em benefício próprio.

Imagens cedidas pelo Ministério Público, mostram PMs fardados, em horário de serviço, atuando como seguranças particulares. Eles fazem escolta para clientes. Descem dos carros oficiais e ainda acompanham uma pessoa durante o depósito em casas lotéricas e agências bancárias. Segundo os promotores, o grupo vendia serviço de vigilância 24 horas para empresários e empresas privadas.
Além do “bico” em horário de expediente e com aparato oficial (veículos, armamento e fardas), os policiais foram enquadrados por crimes como roubo de combustível. As imagens também mostram um um policial militar tirando o combustível do carro da polícia e coloca em outro, particular. Ele está dentro do batalhão da PM em Assu, no interior do Rio Grande do Norte. O desvio de combustível acontece em pleno dia de trabalho.

Os flagrantes foram resultado de nove meses de investigações do Ministério Publico do estado.A ação foi baseada em nove meses de uma investigação conjunta feita pela própria Polícia Militar e por um grupo de promotores de Justiça, que descobriu um esquema de pagamento de propinas em troca de serviços de segurança para empresas privadas.

Segundo o comandante-geral da PM, coronel Francisco Canindé de Araújo, a investigação aponta inúmeras falhas dos policiais. "Há vários indícios e provas de que os policiais estavam utilizando a estrutura da Polícia Militar em favorecimento próprio, o que é crime", explicou ele. Ainda de acordo com o coronel Araújo, a sessão de inteligência da PM também participou dos nove meses de investigação, juntamente ao Ministério Público.

Dentre as acusações apontadas pelo Ministério Público na operação, através dos promotores de justiça que compõem o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime (Gaeco) e o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (Nucap), estão corrupção passiva e ativa, utilização da máquina pública e escolta ilegal, transporte irregular de valores. Os mandados de justiça cumpridos na operação foram expedidos pela Auditoria Militar do Estado, órgão ligado à PM, e pela Vara Criminal de Assu.

Os 12 policiais presos na Operação Batalhão Mall começam a ser ouvidos hoje, pelo Ministério Público. A informação é do promotor Wendell Bethoven. Segundo o promotor, o prazo legal para o fim da investigação é de 20 dias. Bethoven afirmou que os policiais começaram a ser observados a partir de denúncias da população, que alegavam a maior quantidade de efetivo em alguns pontos da cidade. "Toda investigação criminosa é difícil, mas investigar policiais é ainda mais complicado. Destaco a parceria com a polícia, e a participação direta do comandante Araújo, que esteve envolvido em toda a operação. Isso é inédito", disse ele.

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